Investigação Paranormal Brasil: setembro 2019

quinta-feira, 26 de setembro de 2019

Vídeos de OVNIs são reais, afirma Marinha dos EUA


Os três vídeos feitos pelos militares dos EUA, que mostram imagens de “fenômeno aéreo não identificado”, são verdadeiros, de acordo com declarações da Marinha do país obtidas pelo The Black Vault, um site dedicado a expor segredos governamentais.

Joseph Gradisher, vice-chefe de operações navais de guerra da informação, disse:

“A Marinha designa os objetos contidos nesses vídeos como fenômenos aéreos não identificados”.

Os vídeos vieram ao público em 2017 pelo The New York Times e pela To The Stars Academy, uma organização ufológica.

Atenção

No entanto a nova declaração não significa que a Marinha dos EUA esteja afirmando que são alienígenas do espaço sideral: “fenômenos aéreos não identificados” são apenas isso – não identificados e inexplicáveis (até agora).

Um dos vídeos, de 2004, mostra um objeto que “apareceu repentinamente a 80.000 pés (24 km) e disparou em direção ao mar, finalmente parando a 20.000 pés (6 km) e pairando”, como escreveu o The New York Times em 2017.

Outro vídeo mostra imagens feita por um caça em 2015 de um objeto que passou abaixo dele em velocidades extremamente altas. “Que p*** é essa?”, Exclama um dos pilotos no vídeo.

Caixa preta
Os vídeos nunca deveriam ter sido vistos pelo público. Susan Gough, porta-voz do Pentágono, disse ao The Black Vault no início deste ano:

“Os vídeos nunca foram oficialmente divulgados ao público em geral pelo Departamento de Defesa e ainda devem ser retidos”.

Relembre os vídeos




domingo, 22 de setembro de 2019

Triângulo das Bermudas: Alguns mistérios nunca solucionados

O misterioso Triângulo das Bermudas

Há séculos, grandes mistérios sem soluções aparentes envolvem uma região do planeta conhecida como "Triângulo das Bermudas". Esta parte do Oceano Atlântico compreende a uma área com mais de 2.000.000 Km² em forma de um triângulo imaginário formado nas águas do Caribe que ligam três pontos entre: Flórida, Ilhas Bermudas e Porto Rico.

Os primeiros relatos sobre coisas estranhas acontecidas no Triângulo das Bermudas datam da primeira viagem de Cristóvão Colombo às Américas, em 1492. Colombo relata falhas nas bússolas e luzes no mar, assim como objetos caindo do céu ao passar naquelas proximidades.

Desde então, vários navegadores temem viajar por esta região onde ocorreram dezenas de naufrágios e acidentes. Inclusive o naufrágio sofrido pelo navegador espanhol Juan Bermúdez, em 1503, que deu nome ao arquipélago.

Mas foi durante a Segunda Guerra Mundial que o mundo finalmente teve conhecimento destes mistérios. Após o desaparecimento de uma esquadra de 5 bombardeiros norte-americanos (conhecido como Voo 19) esta região passou a ser chamada de Triângulo das Bermudas.


O misterioso Triângulo das Bermudas

Outros nomes também foram atribuídos ao local, como: "Mar do Diabo", "Triângulo Maldito", "Triângulo da Morte", "Mar dos Barcos Perdidos", "Cemitério de Barcos", "Triângulo do Diabo", dentre outros.

São inúmeros os casos relatados de desaparecimentos, naufrágios, acidentes, e até mesmo de aparições de embarcações e outros fenômenos, dentre os quais, podemos citar os mais famosos.



OS CASOS MAIS MISTERIOSOS REGISTRADOS NO TRIÂNGULO DAS BERMUDAS


1840 - ROSALIE

A embarcação francesa Rosalie foi encontrada meses após o seu desaparecimento. Ela navegava com as velas recolhidas e a carga intacta, mas sem vestígios de sua tripulação.


1872 - MARY CELESTE

O barco Mary Celeste desapareceu em novembro, com 10 tripulantes a bordo. A embarcação foi encontrada em dezembro do mesmo ano sem nenhum vestígio de tripulantes.


1902 - FREYA

A embarcação alemã Freya ficou um dia desaparecida. Saiu de Cuba no dia 3 de outubro e foi encontrada no dia seguinte, no mesmo local de onde havia saído, porém sem nenhuma pessoa a bordo: todos os tripulantes desapareceram.


1918 - CYCLOPS

A embarcação Cyclops, carregada com 19.000 toneladas de aprovisionamentos para a Marinha Norte-americana, tinha 309 pessoas a bordo. 

Desapareceu com tripulantes e carga a 4 de março em mar calmo, sem emitir aviso, mesmo dispondo de rádio. Ele partiu do Rio de Janeiro em 16 de fevereiro, após uma rápida parada em Barbados, entre 3 e 4 de março, nunca mais foi visto. Todas as 306 pessoas desapareceram sem deixar rastro.


1945 - VOO 19

Cinco bombardeiros da Marinha norte-americana decolaram de Fort Lauderdale, na Flórida, e desapareceram com 14 tripulantes. O incidente ficou conhecido como "Voo 19" (número de controle no tráfego aéreo). O caso tornou a região mundialmente famosa como local de sumiços misteriosos.


1967 - WITCHCRAFT

A embarcação Witchcraft desapareceu em 24 de dezembro de 1967. 

Considerado um dos casos mais extraordinários do Triângulo, tratava-se de uma embarcação que realizava cruzeiros marítimos. O navio estava amarrado a uma boia em frente ao porto de Miami, Flórida, a cerca de 1600 metros da costa. Simplesmente desapareceu com sua tripulação e um passageiro a bordo.


1999 - GÊNESIS

O cargueiro Gênesis afundou depois de sair do porto de São Vicente. 

Sua carga incluía 465 toneladas de tanques de água, tábuas, concreto e tijolos. Através de rádio, foram informados problemas com uma bomba um pouco antes de se perder o contato. Foi realizada uma busca sem sucesso em uma área de 85.000 km².



TEORIAS SOBRE OS DESAPARECIMENTOS

Entre 1960 e 1970 muitos investigadores, jornalistas e sobreviventes de desastres criaram várias teorias sobre os acontecimentos no Triângulo das Bermudas. Mas sem conseguirem chegar a uma conclusão definitiva que explicasse tantos acidentes e desaparecimentos.

Desde a época dos Descobrimentos, os navegantes que passavam pelo Triângulo, já sabiam que esta era uma zona de formação de grandes tempestades e fenômenos meteorológicos intensos. O que fazia com que muitas embarcações não conseguissem chegar ou retornar ao seu destino.

O misterioso Triângulo das Bermudas

Alguns cientistas acreditam que já estão próximos de conseguir resolver estes casos, que transformaram o Triângulo das Bermudas na mais temida região de navegação do planeta.

A maioria dos estudiosos defende a teoria de que não há nada de sobrenatural no local. Para eles, os incidentes relatados ao longo dos últimos anos tiveram causas meramente meteorológicas. Eles podem ser atribuído a fatores como: correntes marítimas, formação de ciclones tropicais, furacões e até a uma rápida mudança atmosférica.

Pesquisadores americanos e noruegueses sustentam a ideia de que crateras sub-aquáticas poderiam ser a causa dos naufrágios. Estas formações poderiam liberar bolhas gigantescas de gás metano que, ao atingirem a superfície, danificariam os cascos das embarcações ou fariam com que a água perdesse densidade.


[...]


São inúmeras as teorias que podemos encontrar pela internet sobre o que realmente acontece nessa misteriosa área, algumas científicas, com argumentos mais lógicos, como tempestades e ondas gigantes, já outras mais místicas, afirmam que no local há um portal para outra dimensão e, até mesmo que é uma área frequentemente visitada por OVNIs.


Enfim, não entrarei no mérito de apresentar soluções para tais casos, meu intuito com tal artigo é somente apresentar para vocês os casos mais populares que deram fama a esse lugar tão conhecido quanto temido.

Mas e você, caro leitor, o que acha de tudo isso? 

Possuí alguma teoria sobre o infame Triângulo das Bermudas? Comente aí embaixo, esse é um assunto que vale a pena colocar em debate.


Referências: HiperCultura e InfoEscola

A macabra seita australiana que drogava crianças



Nos anos 1960, Anne Hamilton-Byrne fundou uma seita baseada na crença de que ela era a reencarnação de Jesus. Ben Shenton, um dos sobreviventes, falou com a BBC sobre como era sua vida enquanto estava sob o domínio do grupo.

Quem vê Ben Shenton hoje nem imagina como foi seu passado.

Ele é casado há 20 anos, tem dois filhos e um trabalho estável. Mas ele teve uma infância bastante incomum, marcada por abusos. Quando era bebê, sua mãe o entregou à seita australiana chamada The Family (A Família), também conhecida como Santiniketan Park Association. A seita era dirigida por Anne Hamilton-Byrne, que promovia ioga e meditação e fundou o grupo nos anos 1960 com o marido, William.

Seus seguidores a viam como a reencarnação de Cristo, e ela fazia as crianças que viviam com ela acreditarem que eram seus filhos. A Família acreditava que o mundo iria acabar e que a seita teria que reeducar os sobreviventes. Muitas das crianças, agora adultos como Shenton, já falaram sobre tratamento cruel que recebiam.

A propriedade da seita ficava perto de Melbourne, no sul da Austrália. Entre 14 e 28 crianças e adolescentes foram criados lá.

As fotos das crianças, tiradas nos anos 1970 e 1980, mostram todos vestidos com roupas iguais e com o mesmo corte de cabelo. Muitos tinham o cabelo descolorido para ficarem parecidos uns com os outros, recebiam castigos físicos equivalentes à tortura e eram obrigados a tomar drogas.

Anne Hamilton-Byrne castigava as crianças golpeando-as com o salto agulha de seus sapatos — Foto: Getty Images via BBC

Anne Hamilton Byrne, que morreu em junho, em Melbourne, aos 98 anos, vivia no exterior a maior parte do tempo e visitava ocasionalmente a propriedade. Quando era criança, Shenton teve pouco contato com pessoas externas ao culto, formado pelas crianças e pelos autodenominados "tios" e "tias". Esses adultos os educavam, faziam sessões de ioga e meditação e eram muito leais a Anne. O único contato de Shenton com o mundo exterior era através de livros.

Estudando, ele ficou fascinado com livros de história sobre a Segunda Guerra Mundial e começou a se referir à propriedade onde vivia como "campo de concentração".

"Vivíamos cercados por muros e grades. Os 'tios' eram os guardas. Era só um apelido, mas havia semelhanças", disse Shenton à Emily Webb, do programa Outlook, da BBC.

Leia abaixo trechos da entrevista

BBC – O que acontecia com as crianças que se comportavam 'mal'?

Ben Shenton – Havia um livros de regras e castigos aprovados por Anne. Variaram entre escrever milhares de linhas, receber cintadas e ser submergido em água até quase afogarmos. Outro castigo era segurar nossas mãos sobre velas acesas.

BBC – Que tipo de ambiente isso criava?

Shenton – De puro medo. Você não sabe quando vai acontecer [um castigo] e tem de criar mecanismos para enfrentar-los. Como dizem, era um "mundo cão".

Ben Shenton é o segundo à direita, de baixo para cima — Foto: Arquivo Pessoal

BBC – Como assim?

Shenton – Sobrevivi me tornando o "dedo duro". Quando tinha ravia do meu irmão menor, que tinha asma, eu esperava que ele fizesse algo e o denunciava, sabendo que o trancariam no banheiro e ele passaria mal. Assim eu conseguia usar os abusos dos adultos para não ter que fazer nada. Demorei muito tempo para pedir perdão. E entendi da onde vinha esse comportamento, mas você tem que viver com essas coisas.

BBC – As crianças então não eram muito unidas?

Shenton – Não éramos um grupo, não permitiam que ninguém estabelecesse relações próximas. Anne queria receber todo o afeto. Assim que percebiam algum nível de união, éramos rapidamente separados.

BBC – Como era quando Anne e o marido voltavam do exterior?

Shenton – Era quase como se estivesse chegando uma estrela de rock. Os "tios" ficavam muito emocionados, mas ao mesmo tempo tinham muito medo. Muitas vezes perguntávamos se ela estava de bom ou mau humor – e o mau humor significava que seria um inferno. Ela ficava muito feliz nos golpeando com seu salto agulha.

BBC – E quando ela estava calma?

Shenton – Ela era muito carismática, havia feito cirurgias plásticas, se vestia bem e realmente conquistava as pessoas.

BBC – O que você sentia por ela?

Shenton – Não tínhamos referência. Todos falavam dela como se fosse nossa mãe. O que ela fazia [para mim] era o que faziam as mães. Não havia outras pessoas com quem eu pudesse falar sobre como era minha mãe. Não havia outra narrativa para competir com aquela.

BBC – Você chegou a ser drogado?

Shenton – Sim, me lembro muito do Valium, [éramos obrigados a tomar] até o ponto em que muitos de nós nos tornamos sensíveis à luz. A luz do sol era extremamente dolorosa. Depois, quando você completava 14 ou 16 anos, era o LSD.

BBC – Como tratavam as pessoas de fora?

Shenton – O lema [do grupo] era "não visto, não ouvido, não conhecido". Não diga nada a ninguém que não seja parte da seita. Se eu tinha alguma interação [com pessoas de fora], tinha que falar o que eu havia dito para eles se assegurarem que eu não havia revelado nada. Se cometia alguma infração, era castigado.

Resgate

Em 14 de agosto de 1987, duas das meninas sob o domínio do grupo escaparam e conseguiram chegar à polícia. Após contar sobre o abuso físico e emocional que sofriam, a polícia foi resgatar as outras crianças. Neste dia, mais de 100 agentes foram à propriedade.

BBC – Você tem alguma ideia de quem eram os agentes?

Shenton – Nenhuma. Estavam lá para nos resgatar. Mas na "Família" nos tinham dito muitas vezes que a polícia nos levaria, nos espancaria e nos atiraria no lago. Então eu não estava muito feliz com sua chegada.

BBC – Quando te disseram que Anne não era sua mãe de verdade?

Shenton – Acho que nesse mesmo dia. Fez sentido de imediato.

Em 1995, Sarah Moore, outra sobrevivente da seita, escreveu um livro sobre suas experiências — Foto: Getty Images via BBC

BBC – Como é entender, aos 15 anos, que toda sua vida você havia feito parte de uma seita?

Shenton – Eu estava tentando entender o mundo. Ou seja, quais eram os "rituais", como as coisas funcionavam, o que eu deveria fazer... Então não me concentrei tanto no que perdi, mas no mundo em que iria viver, nas regras.

BBC – Como você se sentiu na primeira noite depois de escapar, quando foi dormir?

Shenton – Fomos instruídos a não dizer nada de errado. Eu estava pensando sobre o que havia dito, mas depois percebi que não precisava. Percebi que estava livre, fora da prisão.

Investigação

A investigação da polícia sobre A Família revelou como as 28 crianças acabaram sob os cuidados de Anne, acreditando que ela era sua mãe. A década de 1960 teve muitas gestações indesejadas e Anne se aproveitou disso. Ela adotou ilegalmente crianças nascidas de mães que não desejavam ter filhos e até pediu a alguns de seus 500 seguidores que lhes dessem seus próprios bebês.

Anne nunca foi acusada de cometer abuso infantil ou foi para a cadeia. A polícia disse que não havia provas físicas suficientes. Ela foi multada em apenas 5 mil dólares australianos por falsificar certidões de nascimento.

Um investigador encarregado de descobrir a verdadeira origem das crianças descobriu que Joy, a verdadeira mãe de Ben, tinha sido uma das tias, ou seja, uma das seguidoras de Anne. Ben a conhecia e na verdade a odiava. Joy havia conhecido Anne quando começou a praticar ioga para remediar uma dor crônica muito severa causada por um acidente de carro.

BBC – O que aconteceu entre Anne e Joy?

Shenton – Anne havia dito que Joy seria curada se a seguisse. Como os sintomas realmente melhoraram, minha mãe acabou convencida e se tornou totalmente leal a Anne.

BBC – E te entregou quando você era um bebê de 18 meses.

Shenton – Correto, minha mãe fez a promessa de que nunca se envolveria na minha vida, e a promessa foi para a vida toda.

BBC – Como foi entrar para o colégio depois do resgate?

Shenton – Foi traumático. Em alguns anos fiquei deprimido e cheguei a pensar em suicídio. Eu era estranho, tinha dificuldade em me relacionar com pessoas na escola. Eu não conseguia fazer amigos. Meu apelido era Psycho (psicopata).

Até que uma professora me disse que eu havia começado a vida com uma desvantagem, que a maioria das crianças se conhecia desde a primeira série, então eu ia levar tempo [para me acostumar]. Foi realmente uma epifania para mim, comecei a analisar melhor o mundo ao meu redor.

BBC – Você se tornou cristão e acabou indo trabalhar para a IBM. Mas como consertou o relacionamento com sua mãe?

Shenton – Eu tinha um relacionamento muito bom com minha avó e a visitava. Então, em dezembro de 2006, minha mãe e eu nos conhecemos por acaso na casa da minha avó.

BBC – E como foi?

Shenton – Nós só conversamos. Quem é você, quem sou eu. Fico feliz em te ver. Eu apresentei meus filhos e disse "vamos ficar em contato".

BBC – Você a perdoou?

Shenton – Já havia a perdoado muito anos antes. Não sentia raiva.

Ben Shenton hoje é casado e trabalha na IBM — Foto: Arquivo Pessoal via BBC

BBC – Como foi quando você foi com sua mãe visitar Anne?

Shenton – Minha mãe se ajoelhou ao seu lado. Anne imediatamente a reconheceu. Então olhou para ela e disse: "Quem é esse homem?". Eu lhe disse que era seu filho. Ela não se lembrava de mim.

BBC – E isso te ajudou? Como você a viu?

Shenton – Só validou o que eu já sabia. Eu sabia que ela era profundamente errada.

BBC – Como foi para as outras crianças libertadas da seita?

Shenton – Cada um de nós reagiu de forma diferente. Eles são pessoas incrivelmente empáticas, com diferentes níveis de trauma e diferentes níveis de sucesso. Eu me considero um dos sortudos, tenho tido muita sorte.

BBC – O quão orgulhoso você se sente de ter chegado onde chegou?

Shenton – Muita alegria e orgulho. Minha esposa é uma mulher maravilhosa, tenho um ótimo relacionamento com meus filhos e aguardo ansiosamente a chegada dos netos. Sou um homem feliz e muito, muito abençoado.


Fonte: BBC

Esqueletos com crânios alongados são encontrados na Croácia



Arqueólogos descobriram três crânios estranhos na Croácia, dois deles artificialmente modificados e pontudos. Uma das hipóteses dos pesquisadores é de que as modificações foram realizadas para mostrar que os indivíduos pertenciam a determinados grupos culturais.

Uma ocorrência estranha

Crânios alongados normalmente são vinculados a teorias de que tais povos que praticavam essa "arte" estavam tentando imitar o formato do crânio de seres alienígenas, logo o aparecimento de alguma descoberta desse tipo sempre cria certo alvoroço nos conspiracionistas.

Embora não saibamos ao certo porque de certas modificações desse tipo, é interessante ver como muitos povos ao longo dos séculos praticaram tal tipo estranho de modificação corporal. 

A descoberta na Croácia

Embora o recente achado pareça estranho, a prática da deformação cranial já foi relatada em diferentes partes do mundo, da Eurásia até a África e a América do Sul. O exemplo mais antigo conhecido pelos pesquisadores veio da China há 12.000 anos.

Geralmente, a modificação é feita através do uso de ataduras bem apertadas ou ferramentas rígidas enquanto o indivíduo ainda é criança e possui um crânio maleável. As razões para a prática podem variar de indicar status social a motivos estéticos.

Os arqueólogos descobriram os três esqueletos do novo estudo em uma sepultura no sítio arqueológico Hermanov Vinograd, na Croácia, em 2013. Eles foram analisados entre 2014 e 2017 por várias técnicas, incluindo exame de DNA e imagens radiográficas. Todos pertenciam a homens malnutridos que morreram jovens, entre os 12 e 16 anos.

Os pesquisadores não sabem como os rapazes morreram. Eles podem ter falecido devido à má nutrição, ou ter tido “algum tipo de doença que os matou rapidamente e não deixou vestígios em seus ossos”, como a peste, conforme explica o principal autor do estudo, Mario Novak, bioarqueólogo do Instituto de Pesquisa Antropológica em Zagreb (Croácia).

Modificação craniana

Os esqueletos datam entre 415 e 560 dC, uma época conhecida como Grande Período Migratório, um período turbulento da história da Europa. Os esqueletos pareciam ter diferentes ancestralidades: um da Eurásia Ocidental, outro do Oriente Médio e outro do Leste Asiático.

Novak esclarece que, após a queda do Império Romano, populações e culturas completamente novas começaram a aparecer na Europa, tornando-se a base para as nações modernas do continente. “Em outras palavras, este período estabeleceu as fundações da Europa como a conhecemos hoje”, completou.


O garoto de ascendência oriental tinha uma deformação craniana do tipo ereto-circular, o que significa que o osso frontal atrás da testa foi achatado e a altura do crânio “aumentada significativamente”, de acordo com Novak. Já o do Leste Asiático tinha um crânio com uma deformação do tipo oblíqua, o que significa que o seu crânio foi alongado diagonalmente para cima. O menino que provavelmente veio da Eurásia Ocidental não possuía deformações.

“Propomos que diferentes tipos de deformação craniana na Europa foram usados como um indicador visual de associação com um certo grupo cultural”, resumiu Novak.

Os pesquisadores não podem dizer ainda a que grupos culturais cada um dos meninos pertencia, mas creem que o do Leste Asiático fosse um huno.

Um artigo sobre o estudo foi publicado na revista científica PLOS One.

Fonte: Hypescience

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...