O Caso Karran é um dos mais famosos encontros de 3º grau da Ufologia Brasileira e ocorreu em 12 de janeiro de 1976, em Matias Barbosa (MG), tendo como protagonista o casal Hermínio e Bianca Reis.
Um suposto e controvertido encontro de 3° grau com a equipe do extraterreno Karran, modificou completamente a vida do casal Hermínio e Bianca Reis, um ex-pastor Testemunha de Jeová, e uma dona de casa. Presenças obrigatórias em relatos e simpósios de ufologia, os dois contam, nesta entrevista exclusiva, os muitos obstáculos que tiveram de superar, desde as acusações de serem meros robôs teleguiados até os desconfortos da popularidade. Além disso, discorrem com naturalidade sobre a presença, já entre nós, de seres de outros planetas. Seus encontros com Karran são dos mais bem documentados da ufologia brasileira.
Um grupo de alunos, deitados no chão, aguarda as instruções de seus professores ou “guias”, que os conduzirão através das várias etapas do exercício de “saída consciente da matéria”.
Um novo tipo de culto? Não. Apenas um dos grupos orientados pelo casal de mineiros, Hermínio e Bianca Reis, que se tornaram o caso mais controvertido de contato de 3º grau já ocorrido no Brasil, e que, baseados em ensinamentos de extraterrestres, ministram cursos sobre as práticas e técnicas da filosofia de vida extraterrestre – cursos esses que já contam com grande número de alunos, entusiasmados com as novas idéias, e que vêm causando polêmicas entre adeptos e céticos.
Parte de toda essa controvérsia advém da maneira sensacionalista com que o assunto foi tratado num programa de televisão, transmitido em rede nacional. A entrevista ocasionou, na época, diversas críticas por parte de pesquisadores, que julgaram insensato expor um assunto tão importante nas bases em que foi explorado naquele show.
Retrato falado de Karran, o extraterrestre comandante da nave que “seqüestrou” Hermínio e Bianca: dois metros de altura, olhos verdes, pele bem bronzeada e cabelo escuro
Entretanto a presença do casal diante das câmeras provocou imediatamente uma discussão de caráter nacional com relação à questão discos voadores. As conferências do “casal do disco voador”, como são conhecidos, geram sempre grande entusiasmo do público, que se aglomera ao redor dos dois, bombardeando-os de perguntas e dúvidas.
Novamente, aqui, parte da controvérsia se faz evidenciar nas opiniões de alguns ufólogos, os quais acham injusto que duas pessoas reconhecidamente leigas no assunto sejam tomadas como especialistas nele.
O avistamento
A aventura de Hermínio e Bianca começou em 1976, numa noite de janeiro, quando viajavam em seu carro do Rio de Janeiro para Belo Horizonte. Era muito tarde e a visão de um “balão” luminoso no céu os fez parar – fato que aconteceu o seu “sequestro” com carro e tudo para dentro da espaçonave. Já no disco, eles encontraram o alto e belo Karran, extraterrestre que se tornou amigo dos dois e, através deles, também uma “celebridade”.
Aquele foi o primeiro de uma série de quatro contatos ou encontros com Karran. O caso Hermínio e Bianca é um dos poucos em que os “sequestrados” não perderam a lembrança do acontecido e ainda se envolveram tanto com os extraterrestres que outros contatos foram estabelecidos.
Digno de nota foi o terceiro deles, em que Hermínio tirou fotos da nave deixando o solo. Estas fotos, que mais mostram “jogos de formas de luz” do que propriamente a silhueta de um disco voador, foram exaustivamente estudadas em laboratórios pelo pesquisador de UFOs Alberto Francisco Carmo.
O resultado das revelações foi apresentado em março de 1979, no Primeiro Congresso Brasileiro de Ufologia, em São Paulo, que contou com a presença do papa da ufologia, o astrofísico americano Allen Hynek. Alberto Francisco conclui:”...ou estas fotos são autênticas, revelando parte de uma supra – realidade que não conhecemos, ou então o sr. Hermínio da Silva Reis é um amador genial...”
Na nossa opinião, o que mais incita à controvérsia no caso de Hermínio e Bianca é o fato deles insistirem na tese de que os extraterrestres são sempre bem intencionados, ou seja, todos os extraterrestres que nos visitam vêm com a missão pacífica de compreender-nos e ajudar-nos a penetrar numa etapa do desenvolvimento e conhecimento humanos.
O assunto ainda se tornou mais delicado quando Hermínio, ex-pastor das Testemunhas de Jeová, divulgou detalhes impressionantes sobre discussões de caráter teológico que mantivera com o extraterrestre, chegando a fazer profundas declarações sobre as origens da vida na Terra.
Em geral, os pesquisadores divergem em suas opiniões sobre Hermínio e Bianca. Alguns preferem não discutir o assunto, temendo o risco da controvérsia e da especulação; outros admitem a veracidade do “sequestro”, mas preferem manter-se à distância quando são chamados a testemunhar; outros, ainda, chegam às fronteiras da paranoia, afirmando terem os dois se tornado verdadeiros robôs, manipulados pelos extraterrestres, cujo único propósito é o de dominar o mundo.
A entrevistaA entrevista
Apenas uma coisa é certa: apesar das diferentes reações de leigos e especialistas a respeito desse caso, o “casal do disco voador” continua sua caminhada, procurando, através dos ensinamentos dos extraterrestres, levar as pessoas ao maior conhecimento de si mesmas e do mundo em que vivem. Confira abaixa a entrevista concedida pelo casal a Gary Richmann.
Sabe-se que vocês participam de todos os congressos de ufologia, onde ouvem muitos cientistas e pesquisadores apresentarem diversos trabalhos. O que vocês acham dessas pesquisas?
Hermínio: Nos congressos, prestamos muita atenção aos trabalhos de todos os pesquisadores. Isso nos abre perspectivas amplas sobre o assunto, inclusive a respeito de nosso trabalho. Os pesquisadores estão fazendo o seu trabalho, como nós estamos fazendo o nosso.Porém, eu e Bianca tivemos uma experiência física. Estivemos dentro de uma máquina; conversamos com gente de carne e osso como nós. Nessa ocasião, não só ouvimos muito como perguntamos muita coisa. Há outras pessoas como nós, que podem falar sobre o assunto e deveriam participar dos congressos mas não participam. Alguns pesquisadores ainda têm muitas dúvidas sobre a existência dos discos voadores. Uma pessoa que participa de um congresso de ufologia para expor trabalhos sobre o assunto Deve ter certeza de que eles existem. Certeza daquilo que está falando. Nesses congressos, onde você deveria ouvir e aprender sobre UFOs, as pessoas saem com medo deles. E isso não é positivo.
De acordo com as conclusões do congresso de ufologia de Brasília, pôde-se perceber que há, de certa forma, dois tipos de pesquisador: o clássico, que cataloga depoimentos, e os anticlássicos ou místicos como James Hurtak que associam a ufologia à arqueologia, ocultismo e ao próprio inconsciente humano. O que vocês acham desses dois tipos de pesquisa?
Hermínio: Acho que são válidos desde que representem o fato como ele se deu e não na a sua opinião sobre o assunto. A propósito, essa ligação misticismo/discos voadores não é correta. Eu mesmo já fui um místico até o dia em que tive contato direto com o fato; então passei a observá-lo como ciência, não como religião.
Muitos pesquisadores dizem que o caso de vocês é um tanto controvertido e que vocês até hoje não apresentaram “provas” ou “mostras” de que a experiência aconteceu realmente. Como vocês respondem a isso?
Bianca: Mas o que seria uma “prova convincente” para os pesquisadores?
Um pedaço de papel? Um pedaço de tecido da roupa de Karran? Alguns pesquisadores ficariam satisfeitos; outros, não. O que seria uma prova para alguns não seria para outros. Karran nos autorizou a tirar fotos que comprovam que estivemos com extraterrestres. Fotos que foram testadas cientificamente comprovando as diferenças com as coisas daqui. Para muitos ainda não foi o suficiente. Agora, o que é uma prova? Então eles diriam: trazer Karran pessoalmente. Mas esta é uma prova que satisfaz às pessoas individualmente. Outras não acreditarão em você. Agora eu coloco uma pergunta: e se agora eu trouxesse Karran até aqui? Talvez as pessoas dissessem que ele era muito humano para ser de outro planeta. Elas não vão acreditar que ele é extraterrestre, pois a grande maioria acha que, para eles serem de outros planetas, devem necessariamente ser diferentes. E existem muitas pessoas de outros planetas iguais a nós. Portanto, isso não seria uma prova.
Vocês contaram tudo o que sabem aos pesquisadores?
Bianca: Na medida do possível, sim.
O que você quer dizer com “na medida do possível ”?
Bianca: Eles nos pediram para não divulgar certos fatos e nós mesmos achamos que certas coisas não deveriam ser mencionadas em público.
Há pesquisadores que acham que vocês estão sendo usados por Karran e seu povo, e que, desde o primeiro contato, vocês se tornaram robôs, apesar de crerem estar agindo de própria vontade. Como vocês encaram essas afirmações?
Bianca: Acho que robôs todos nós somos. Uns usados de uma forma, outros de outra. Não sou manipulada por eles. Quando Karran diz alguma coisa, ele explica e te convence a lutar por aquilo que está dizendo. Da mesma maneira que uma pessoa luta por uma religião,por uma ciência, um ideal político ou qualquer outra coisa. Se as pessoas acham que somos robôs, elas devem pensar melhor e ver que existe um monte de robôs por aí – alguns manipulados pelo poder, pelo dinheiro, ou até pelo sexo.
Sabemos que após o contato direto, Bianca, você também passou a funcionar como um tipo de receptor e que Karran fala com você quando esta próximo da Terra. O que foi feito dentro do disco para tornar isso possível?
Bianca: Lá dentro, através de um aparelho dele (bem entendido que não foi implantado nenhum aparelho em mim), Karran registrou ondas mentais provenientes do meu cérebro – ondas mentais que todos emitimos, mas que não conhecemos ainda. Através dessas ondas eles se comunicam, ampliando-as, e elas são transmitidas para mim.São ondas minhas. São freqüências mentais minhas. Por isso eu compreendo e me comunico com eles assim. Conversando normalmente, já estou emitindo frequências que chegam até os aparelhos, e eles estando com as máquinas ligadas, imediatamente recebem as minhas ondas também.
Antes da experiência, você apresentava algum sintoma de paranormalidade ou sensitividade?
Bianca: Não. Nunca prestei atenção nisso. Pode ser até que tivesse.
Vocês conheceram outros extraterrestres além de Karran?
Bianca: Sim.
Hermínio: No mês de janeiro de 1977, quando Karran veio pela segunda vez, ficamos conhecendo uma pessoa que estava vivendo aqui no Brasil e que nos encontrou e nos levou até Karran e vice-versa. Essa pessoa chamava-se Zir.
Qual era a aparência física de Zir?
Hermínio: Primeiramente, suponhamos que eu tomasse Zir como uma prova. Se eu chegasse até alguém e dissesse que Zir era de outro planeta, as pessoas não acreditariam, porque ele é igual a qualquer pessoa. Visualmente, Zir não dá provas de ser um habitante de outro planeta. Apenas em circunstancias especiais, que ele nos mostrou, pudemos notar que a circulação sanguínea dele não é do mesmo tipo que a nossa. Por exemplo, nossas veias são dispostas em sentido vertical, as dele são em sentido circular.
As de Karran também?
Hermínio: Não. Zir era diferente de Karran.
Então Zir não vem do mesmo planeta que Karran?
Hermínio: Não. Apenas serviu de intérprete naquele momento.
Então Zir morava na Terra?
Hermínio: Zir estava trabalhando aqui. Mas voltando à particularidade da circulação sanguínea ser diferente – fato que é quase imperceptível, pois só pudemos notar isso bem de perto com lanternas deles -, Zir também nos disse que tinha dois corações e que, antes de vir para cá, fora adaptado para viver aqui. Durante a noite, Zir usava filtros no nariz para manter-se em equilíbrio com nosso tipo de respiração.
Zir tinha uma profissão aqui?
Hermínio: Ele trabalhava no campo. Era um lavrador e se vestia como tal. Em suas mãos havia até calos. Usava roupas simples e pretas, feitas de tecido nosso.
Zir ainda vive na Terra?
Hermínio: Pelo que me consta, não. Ele estava doente naquela época. Sofrera um acidente e disse que ia embora.
Você disse que ele serviu de intérprete?
Hermínio: Karran falava seu próprio idioma e Zir ouvia e traduzia para nós em português.
Dentro do disco, esse processo foi feito através de uma máquina, certo?
Hermínio: Sim, por máquinas. Mas Bianca informou que Karran está aprendendo português. Só que, nessa segunda vez, Karran ainda não falava português.
Quer dizer que há realmente extraterrestres morando na Terra?
Hermínio: Sim. Karran nos disse que existem extraterrestres vivendo aqui, assim como há seres humanos da Terra vivendo no planeta de Karran.
Qual é a missão dos extraterrestres entre nós?
Hermínio: Karran nos disse que, por motivo de um acidente no planeta Terra nosso cérebro ficou bastante avariado, bloqueado. Por isso, eles resolveram acompanhar nosso desenvolvimento mental através dos tempos.
Vocês sabem se algum outro acidente irá ocorrer?
Hermínio: Sim. Mas Karran explicou que será um acidente necessário, porque nosso planeta precisa voltar à sua posição original. Retornando á situação inicial, então as coisas irão melhorar. Naturalmente, tudo voltará ao normal, inclusive os sobreviventes serão bem diferentes do ser humano atual. Não haverá bloqueios e eles usarão seus cérebros na totalidade.
Descrição do interior da nave. Vê-se a “máquina tradutora” e os capacetes ligados ao casal, para conversações com tradução imediata.
Esse outro acidente será natural ou provocado pelo homem?
Hermínio: Karran me disse que inicialmente esse acidente foi provocado por uma grande descarga de energia solar. Naturalmente, esse retorno do planeta ao seu eixo também será provocado pelo Sol. Mas ele poderá ser apressado pelo homem.
Quando vai ocorrer esse acidente?
Hermínio: Karran me disse que está bem perto. Bem perto mesmo.
Embora não sejam místicos, vocês normalmente não têm diferenças ideológicas com os místicos como os rosacruzes,os teosofistas. Mas essa notícia do acidente que para muitos corresponde à ideia do Apocalipse, não seria um assunto dentro das fronteiras da mística?
Bianca: Pode até ser. Mas quando ele falou do acidente para nós, falou com a mesma naturalidade com que nós estamos falando tudo à você. Ele não contou coisas misteriosas, secretas.
Hermínio: A propósito, esse retorno ao eixo da Terra não significa um castigo, ou que Deus irá salvar os bons e destruir os maus. O mar, quando retomar sua posição inicial, atingirá tanto bons quanto maus. Para os extraterrestres, todos somos iguais.
Hermínio, você era pastor de uma religião cujos adeptos são normalmente considerados fanáticos. Quando você discutiu assuntos de natureza religiosa com Karran, o que foi que ele falou sobre Jesus Cristo e as ideias existentes na Bíblia?
Hermínio: A palavra pastor não era usada naquela época. Eu era um ministro de Deus e fui atuante como chefe de uma congregação por doze anos. Eu pregava, mas isso não quer dizer que eu era uma pessoa de grande importância na religião.
Na época em que se deu esse contato – 12 de janeiro de 1976, na estrada Matias Barbosa – eu já tinha me afastado do meu ministério por razões puramente particulares, e não por causa do assunto “disco voador”. Esse assunto me afastou ainda mais da religião e não da Bíblia.
Desde então, venho descobrindo muitas evidências na Bíblia sobre a existência de extraterrestres aqui na Terra. Posso dizer que hoje leio muito mais a Bíblia do que antes, e que aprendi muito mais a respeito de Deus do que antes.
O deus de Karran é o mesmo em que nós acreditamos?
Hermínio: Sim, mas o deus de Karran não é o deus pregado pelas religiões. Esse Deus que nós conhecemos não existe. Karran disse que Deus ama todos nós sem distinção. Que o Criador não necessita de nós como servos, e sim como filhos. Assim, eu, de escravo de Deus passei a ser filho de meu Pai. E meu Pai é um homem rico, não é pobre.
Ele é dono de tudo, de todas as coisas que recebemos; e Deus não cobra nada por aquilo que Ele nos dá.
Como você vê hoje a figura de Jesus Cristo?
Hermínio: Quando conversei com Karran sobre a Bíblia, ele falou de um Pai Criador. Então perguntei se na terra dele havia muitas leis, como havia aqui na Terra. Ele me disse que na sua terra eles também receberam as mesmas leis que foram dadas a nós por aquele que conhecemos por Jesus Cristo, mas que não o conheciam por esse nome, “Não o conheço assim”, disse-me ele.
Então, ele completou dizendo trechos dessa lei:
“Amar ao próximo é amar ao Criador”; “Toda vez que tocarmos nosso próximo, é como se estivéssemos tocando em nós mesmos”; e: “Toda vez que ofendermos o próximo estaremos ofendendo a nós mesmos”.
Estas são as leis que eles conhecem. E é por isso que não concordo com pesquisadores que falam de tripulantes de disco voador violentos, agressivos, que falam de guerras em outros planetas. Chegam a dizer que Karran era um “bandoleiro do espaço”. Se você algum dia fizer contato com extraterrestres, verá que são pessoas bondosas, dedicadas, e raramente existe um registro nosso mostrando que o extraterrestre foi agressivo. Normalmente, nós é que agredimos primeiro.
Existem casos documentados – um exemplo clássico é o de Villas-Boas – da existência de cruzamentos (até forçados) entre terrestres e extraterrestres. Isto não seria uma evidência de uma conduta agressiva em relação aos homens?
Hermínio: Não. O que ocorreu com o dr. Villas-Boas foi um tipo de experiência científica.
Todos os extraterrestres são bons? Têm intenções boas em relação a nós?
Bianca: Sim. Por exemplo, suponhamos que eles fossem maus, que tivessem a intenção de tomar nosso planeta. Ora, diante da tecnologia que têm, da capacidade mental que têm, se eles fossem pessoas más, já teriam feito o mal há muito tempo. Então, eu não acredito que sejam maus, porque até hoje não invadiram nosso planeta.
Sabe-se que muitas pessoas foram queimadas, sofreram choques emocionais, psicológicos, e perderam a capacidade de trabalhar, sem contar os casos de pessoas que foram forçadas ao relacionamento sexual. Vocês acham que esse seria um comportamento de pessoas que querem o bem dos seres humanos?
Bianca: Ainda hoje estive discutindo com a pesquisadora – d.Irene Granchi – a respeito de pessoas que ficaram impossibilitadas de trabalhar por problemas mentais, etc. Mas acontece que pessoas sofrem dessa maneira a ponto de ficarem impossibilitadas atuar aqui na Terra só porque viram ou entraram num disco, se levassem um tombo também ficariam loucas. Se houvesse qualquer tipo de acidente, ela ficaria afetada como ficou diante de um disco voador, porque fisicamente ela já não estaria bem.
Então Karran não mencionou a existência de extraterrestres com intenções ruins a nosso respeito?
Bianca: Não. Apenas existem maneiras diferentes de ação dos extraterrestres. Alguns são muito precavidos. Se eles estão parados e a pessoa vai na direção deles, eles paralisam a pessoa mesmo.Só então podemos ver isso como uma agressão. Mas eu pergunto: se nós estivéssemos no lugar deles, não faríamos a mesmíssima coisa? Você sabe que nós não somos “bonzinhos” coisa nenhuma. Pela quantidade de crimes que existe em nosso planeta...
Karran verificou com vocês o caso de um extraterrestre que foi preso pelo FBI nos Estados Unidos, em 1953 ou 1954?
Bianca: Karran mencionou até o lugar – Ohio – e completou dizendo que não foi uma nave só que caiu, e sim duas; e que na ocasião, após o acidente, alguns tripulantes já estavam mortos, havendo somente um com vida. Os extraterrestres da terra do sobrevivente viriam apanhá-lo. Só que, quando chegaram, essa pessoa já fora levada. Então, a nave que veio buscar o tripulante destruiu apenas os restos dos discos que sofreram o acidente. Ele ainda me disse que aqui na Terra há corpos de pessoas de outros planetas. Só que não sei onde estão.
Por que vocês nunca escreveram um livro sobre os contatos que tiveram?
Hermínio: Porque realmente o assunto do livro é tão controvertido quanto o assunto “disco voador”. Você tem nos acompanhado e sabe que, até o presente momento, o esboço original não está em nossas mãos. Está em mãos de outras pessoas. À medida que novos contatos vão acontecendo e nossas opiniões vão se consolidando sobre as coisas que já conhecemos, com informações mais exatas, estamos pensando em colocar esses quatro encontros em um livro só, com fotografias obtidas no terceiro contato.
Além disso, desde o primeiro encontro em que ele nos falou do acidente que nos bloqueou o cérebro, existia também eu - Hermínio. Minha religião não admite a existência de um espírito dentro de nós, algo que sobrevivesse à perda da matéria. Conversei sobre isto com Karran e ele me disse que não falava comigo – matéria, porque eu como matéria não poderia falar nada com ele sem a minha real presença.
Então ele nos ensinou uma técnica para sairmos conscientemente de nossa matéria, para provar-me que eu não era apenas matéria como nós pensávamos.
Em que encontro ele ensinou isso?
Hermínio: Desde o primeiro encontro ele falou sobre isso. E nos encontros seguintes, Bianca foi quem mais trabalhou essa técnica, porque eu tinha que viajar e ela podia ficar em casa, fazendo o exercício. Com isso, ela conseguiu resultados muito mais rápidos do que eu.
E qual é a finalidade de sair do corpo?
Hermínio: Não. Sair do corpo, muita gente faz. O problema é sair da sua matéria consciente.Preparar sua matéria para uma saída consciente e um retorno consciente, ou eliminando o bloqueio existente em nosso cérebro. Mas os exercícios não terminam com a saída e o retorno consciente da matéria; eles têm que continuar a ser praticados fora da matéria em grupo.
Há alguma outra finalidade além dessa? Qual a utilidade dessa técnica?
Hermínio: Não sei se vou ser bem explícito, mas o que eu tenho a dizer é que além de você sair do corpo, de provar a si mesmo que você existe,você estimula um tipo de glândula da cabeça que, através de exercícios com o nervo ótico, é irrigada, fazendo com que ela funcione, porque antes ela foi atrofiada.
Através desse exercício, você vai usar uma parte do cérebro que nós não usamos e não estamos habituados a usar. É justamente aquela área do cérebro que está bloqueada.
Segundo Karran, não existe mais motivo para esse bloqueio, porque as matérias que estão nascendo agora são boas – sem defeito. Nós apenas não estamos usando toda a nossa capacidade mental porque nos esquecemos de como usá-la. A técnica de trabalhar esse lado da mente também nos foi ensinada e ela nos favorece as lembranças anteriores.
Após seus contatos com Karran, confirmou-se para você a ideia de que reencarnação existe?
Hermínio: Não segundo uma doutrina, e sim como uma técnica. Não quero usar essa palavra “reencarnação”; prefiro “troca de matéria”. Não quero usar um termo que possa causar uma questão mística. Você retorna novamente à matéria, porque você foi feito para usar matéria. É uma lei natural feita pelo Criador. Existe uma semelhança com aquilo que chamamos reencarnação para pagar um carma, para pagar pecados, e por aí afora.
O que Karran nos disse não foi isso. Você volta por uma causa natural das coisas, não para pagar algo que está devendo.
Fonte: Filosofia Imortal
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