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sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Lauren Kavanaugh: A menina que viveu 5 anos em um armário


Lauren Kavanaugh, uma norte americana que viveu cinco anos de sua vida trancada dentro de um armário. Sua mãe e padrasto só a deixavam sair do seu cativeiro para que eles abusassem sexualmente dela, ou para infligir a jovem algum tipo de tortura física de tortura.

A história de Lauren muito se assemelha com a de Blanche Monnier (clique AQUI para ler), porém a história da jovem norte americana tem um final mais feliz do que da francesa. Em ambos os casos as vítimas sofreram de grandes maus tratos, vindo daqueles que deveriam zelar pela sua integridade.


Quando tinha apenas 3 anos de idade o tormento de Lauren Kavanaugh teve início. Sua mãe, Barbara Atkinson, e o padrasto, Kenneth Atkinson, a trancaram em um guarda roupa com 1,20 metros por 2.70 metros, casa em que residiam em Dallas no estado norte americano do Texas. A menina passaria os próximos 5 anos de sua vida vivendo aprisionada nesse local, sem água, comida, em meio as próprias fezes e sem qualquer contato com os irmãos e com o mundo exterior. Lauren só tinha autorização para sair do cômodo quando a dupla de sádicos desejava abusar ou torturar a menina.


Ela se alimentava de restos de comida e recebia quantidades mínimas de água. “Era uma criança fraca, muitas vezes ficava amarrada e não poderia lutar contra os dois. Fui torturada diversas vezes – como quando minha mãe me dava banho e empurrava a minha cabeça para debaixo d’água. Quando tinha seis anos, um dia, ela colocou um prato de macarrão com queijo na minha frente e disse que poderia comer. Mas, depois me obrigou a cuspir tudo”, conta Lauren, hoje com 21 anos de idade.

Muitas vezes a menina era queimada com cigarro quando era alimentada ou quando recebia banho.


Lauren recorda que ouvia outras crianças brincando dentro de casa. Elas sorriam e pareciam felizes, enquanto que a ela restava um armário escuro e cheio de fezes.

A descoberta do caso

O pesadelo de Lauren acabou quando ela tinha oito anos. Quem denunciou os pais à polícia foi um vizinho para quem a mãe da menina a apresentou. A dupla de agressores se referia a menina como “o segredinho”. A testemunha ficou aterrorizada com a situação da criança: estava desnutrida, fraca e pesava menos de 11 quilos (peso de uma criança de dois anos). Também havia marcas de tortura pelo corpo e queimaduras de cigarro.


Esse vizinho comunicou as autoridades que agiram imediatamente. Quando a polícia conseguiu o mandato e invadiu a casa onde a família Atkinson residia, o cenário foi desesperador. A menina estava toda suja de fezes, o local que serviu de cárcere estava cheio de fezes e o fedor era insuportável.


Lauren foi encaminhada imediatamente para o hospital. Devido ao local pequeno a que ela estava confinada, ela apresentava graves sinais de atrofia. O estado de desnutrição era gravíssimo. Por causa da atrofia ela foi submetida a uma Clostomia, processo que consiste na exteriorização do intestino grosso, mais comumente do cólon transverso ou sigmóide, através da parede abdominal, para eliminação de gases ou fezes.


Os médicos usaram em Lauren o mesmo método de alimentação usado na recuperação de vítimas do Holocausto.

Devido aos abusos sexuais que sofreu, aliado com sua pouca idade e seu corpo debilitado, Lauren sofreu grande danos nos órgãos internos, necessitando de uma grande quantidade de cirurgias reconstrutivas.


Após receber os devidos cuidados médicos, Lauren foi encaminhada à adoção.

Relatos do sofrimento da menina

Blake Strohl, filha mais velha de Barbara e meia-irmã de Lauren, conta que, até os seus 10 anos, viu a menina machucada em inúmeras ocasiões. Às vezes, tirava a irmã do armário no meio da noite e dava um banho nela. A menina tinha queimaduras de cigarro pelo corpo, manchas de sangue e a vagina inchada.

"Eu sabia que ela precisava de ajuda. Ela conseguia falar comigo, mas era quase como se eu estivesse falando com um bebê". Disse a jovem, hoje com 23 anos.

Ao Dallas Morning News, Blake contou também que a vida sexual da mãe e do padrasto era bastante ativa.

"Eu sabia que eles faziam muito sexo porque podia ouvir, mas não sabia o que estavam fazendo com ela. Eles sempre ligavam música muito alta. Lauren gritava, mas eu sempre pensava que eles estavam batendo nela. Ela gritava demais."

Lauren recorda que a primeira vez que lhe foi permitido sair do armário, desde que havia sido aprisionada, foi para que ela fosse estuprada. "Eles colocaram música country em um volume bem alto para esconder meus gritos. Depois de horas de abuso, eu estava volta para o armário, confusa e em agonia. A partir de então, tornou-se a minha nova casa. Eu não podia fazer nada na escuridão. Eu dormi lá e tive que usá-lo como banheiro. O tapete estava encharcado de urina e eu estava sob um cobertor fino, molhado."

Punição para os abusadores

Barbara e Kenneth Atkinson acabaram condenados a prisão perpétua (uma fonte americana afirma que eles poderão recorrer da sentença em 2031).



A vida de Lauren nos dia de hoje

Hoje Lauren vive com a mãe adotiva, Sabrina Kavanaugh e três cachorros. Sabrina e o marido Bill haviam adotado Lauren quando ela tinha apenas 1 anos e 8 meses, mas perderam a posse da criança quando Barbara, a mãe biologia da menina, pediu a criança de volta, alegando que havia se arrependido de ter se desfeito da criança. Quando Lauren foi libertada do cárcere Sabrina logo se inscreveu para novamente ter a guarda da garota.


Pela primeira vez em anos, Lauren Kavanaugh deixou os antidepressivos e remédios para transtorno bipolar de lado. Passou a fazer exercícios, a conversar mais e concluiu o ensino médio. Aos 21 anos, a jovem que vive em uma casa de campo na cidade de Canton, no Texas, nos Estados Unidos.

Depois de se livrar dos abusadores a vida de Lauren Kavanaugh seguiu dura. Ela teve que lutar contra a depressão, pensamentos suicidas, e teve muitas dificuldades na escola. Ela foi mais tarde enviada para um centro educativo alternativo após entrar em uma briga. Ela lembra que esse centro educativo foi o ponto de virada, pois lá ela começou a terapia residencial e conheceu outros sobreviventes de abuso.


A adaptação da menina pós-trauma foi lenta. Ela conta que, quando a mãe adotiva ia ajuda-la a tomar banho, ela gritava “não me afogue”. Lauren também se recorda que não havia passado por situações básicas, como brincar: era uma criança que não fazia ideia de como se divertir com um brinquedo. Depois de viver, praticamente, os primeiros anos de sua vida dentro de um espaço de poucos metros, ela conta que se lembra da primeira vez que pisou na grama.


“Eu achei que a grama estivesse me mordendo”, diz.

Ela tinha comportamentos e mentalidade de uma criança bem mais nova e teve de receber tratamento psicológico.


Aos 21 anos, Lauren está terminando o colegial e pensa em começar uma faculdade de psicologia para poder se tornar uma conselheira e ajudar outras crianças que sofrem abuso a vencer o trauma e a violência, assim como teve de fazer.

 Fontes: Terra, Olhar Direto e Inquisitr 



quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Mais uma Dark Dica: CONFISSÕES DO CREMATÓRIO


Confissões do Crematório, livro de Caitlin Doughty (Ask a Mortician)


CONFISSÕES DO CREMATÓRIO


UM LIVRO PARA QUEM PLANEJA MORRER UM DIA

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É a única certeza da vida. Então, por que evitamos tanto falar sobre ela? A morte é inevitável, sentimos muito. Mas pelo menos, como descobriu Caitlin Doughty, ficar a sete palmos do chão ainda é uma opção.
Ainda jovem, Caitlin conseguiu emprego em um crematório na Califórnia e aprendeu muito mais do que imaginava barbeando cadáveres e preparando corpos para a incineração. A exposição constante à morte mudou completamente sua forma de encarar a vida e a levou a escrever um livro diferente de tudo o que você já leu sobre o assunto.
  

ACENDA O FORNO:

CONFISSÕES DO CREMATÓRIO reúne histórias reais do dia a dia de uma casa funerária, inúmeras curiosidades e fatos históricos, mitológicos e filosóficos. Tudo, é claro, com uma boa dose de humor. Enquanto varre as cinzas das máquinas de incineração ou explica com o que um crânio em chamas se parece, ela desmistifica a morte para si e para seus leitores.
O livro de Caitlin – criadora da web série Ask a Mortician – levanta a cortina preta que nos separa dos bastidores dos funerais e nos faz refletir sobre a vida e a morte de maneira honesta, inteligente e despretensiosa – exatamente como deve ser. Como a autora ressalta na nota que abre o livro, “a ignorância não é uma benção, é apenas uma forma profunda de terror”.
O título é a primeira obra de não ficção a integrar a coleção DarkLove, a linha especial da DarkSide® Books para corações valentes. Sua escrita divertida e realista será muito bem representada na edição em capa dura que chegará às mãos dos leitores brasileiros em julho de 2016.

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“As memórias sinceras, hilariantes e transformadoras de Caitlin são leitura obrigatória para todos aqueles que planejam morrer.”
— KATHARINE FRONK, BOOKLIST —
“Um livro forte e mórbido como esse poderia facilmente enredar seus leitores em tristeza e dor, mas Caitlin Doughty – uma confiável guia através do repulsivo e impressionante mundo da morte – nos mantém rindo.”
— RACHEL LUBITZ, WASHINGTON POST —
“Divertido e instigante.”
— JULIA JENKINS, SHELF AWARENESS —
“Relatos diabolicamente engraçados.”
— O MAGAZINE —

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