Investigação Paranormal Brasil

quinta-feira, 7 de abril de 2016

Os maiores seriais killers brasileiros

Hoje compartilharemos com vocês alguns dos assassinos em série mais famosos do Brasil. São muitos assassinos por aí, mas alguns merecem destaque pela brutalidade e o sengue frio com que matam suas vítimas. Para que a lista não ficasse extensa demais escolhemos alguns dos mais conhecidos... acompanhe.






Francisco das Chagas Rodrigues de Brito

                                 
                                    



O mecânico de bicicletas Francisco das Chagas Rodrigues de Brito, de 45 anos, foi condenado, em julgamento encerrado dia 27/08/09, a 36 anos e 6 meses de prisão. Francisco era acusado dos homicídios de duas crianças na cidade de São José do Ribamar, cidade na região metropolitana de São Luís (MA). Também foi condenado por ocultação de cadáver e vilipêndio (isto é, atitude desrespeitosa com os corpos).

Estes crimes ocorreram no ano 2000. Duas crianças, de 10 e 11 anos, foram mortas. Contudo, não é a primeira vez que Francisco das Chagas é julgado. Em 2006, Francisco já havia sido condenado a mais de 20 anos de prisão pelo homicídio de um adolescente de 15 anos – a pena seria maior, mas foi reduzida porque Francisco foi considerado semi-imputável, isto é, considerou-se que ele possui um transtorno mental (o transtorno de personalidade anti-social) que reduz sua capacidade de controlar seus impulsos. Neste julgamento atual, a pena também foi reduzida, pelo mesmo motivo, em um terço.

Na verdade, suspeita-se que Francisco das Chagas tenha matado mais de 40 crianças e jovens do sexo masculino, entre 1989 e 2003, o que o tornaria um dos mais agressivos serial killers brasileiros – teriam sido 30 vítimas no Maranhão (também na cidade de Paço do Lumiar) e 12 no Pará.

Sua história ficou conhecida como “o caso dos meninos emasculados do Maranhão e de Altamira (PA)”, pois o assassino mutilava os órgãos sexuais da maioria das vítimas.

Porém, este não era o único ato bárbaro de Francisco. As mortes eram por asfixia ou com uso de objetos cortantes. Antes, ele abusava sexualmente dos garotos. Depois de mortos, de alguns ele cortou a cabeça ou dedos, de outros queimou o corpo.

Segundo o promotor do caso atual, Francisco, que está preso desde 2004 (ano em que foram encontradas duas ossadas enterradas na sua casa), confessou os crimes e colaborou com as investigações, mas às vezes se divertia fazendo um “jogo” testando a capacidade dos policiais em desvendar a história.

Vítima de um serial killer

Jonatham Silva Vieira é o nome de um jovem de 15 anos que Francisco das Chagas Brito matou em 2003, no Maranhão. Jonatham foi o primeiro dos homicídios de Francisco a ser levado a julgamento, em 2006.

Do garoto só se encontrou a ossada, sendo impossível determinar se ele havia sido emasculado.

Neste julgamento, Francisco chorou ao ser interrogado pelo juiz, contando que, na infância, além de ter sido espancado pela avó “até sangrar”, também foi violentado por um adulto, de nome “Carlito”. Francisco disse que, ao matar Jonatham, estava vendo no jovem o seu agressor, Carlito. Anteriormente Francisco tinha negado o crime, dizia que as mortes oram provocadas por “uma força superior”.

A irmã de Francisco, ao depor, disse que ele realmente apanhava da avó. O advogado de Francisco contou que o assassino lhe disse que sua avó mantinha, em uma parede, uma lista de atitudes que eram proibidas. Assim que Francisco atingisse oito “pontos”, era surrado.
A infância e a vida de um serial killer

A mãe de Francisco abandonou o esposo quando a criança tinha quatro anos. O pai, dois anos depois, o deixou com a avó.

Às vezes o pai aparecia com uma mulher a tiracolo, mas esta não aceitava Francisco como filho. Morando com a avó, Francisco trabalhava vendendo bolos na rua.
O assassino, já adulto, chegou a morar com uma mulher, com a qual teve duas filhas. Francisco morou no Pará, em Altamira, onde é acusado de ter matado 12 meninos. E no Maranhão, onde pesa sobre ele a acusação de 30 homicídios.

Francisco diz que, apesar de ter parentes, era solitário. Sua “diversão” era ficar sozinho, à noite, jogando pedras em gatos.

Durante várias fases dos processos, Francisco já assumiu os crimes, já os negou, já deu várias declarações confusas, contraditórias. Em uma entrevista, tentou negar que tivesse extirpado os órgãos sexuais dos garotos, assim: “Se eu tivesse feito isso, tinha dinheiro. Não moraria humildemente.” (querendo sugerir que poderia ter vendido os pênis para traficantes de órgãos…). Ou: “A pessoa, quando morre, começa a diluir, a desmanchar.”.

Modus operandi de um serial killer

As vítimas de Francisco das Chagas eram meninos entre 10 e 14 anos, geralmente. A exceção, aparentemente, é um garoto de 4 anos, parente de sua ex-mulher.
As crianças eram pobres e moravam perto de onde Francisco residia. Muitas eram vendedores ambulantes, como Francisco já havia sido.

Francisco as atraía para uma mata fechada, geralmente com algum convite como irem pegar frutas. Dunte as investigações, Francisco conseguiu apontar com exatidão onde estavam vários corpos.
A negligência das investigações gerou ao Brasil e ao Maranhão um processo na OEA (Organização dos Estados Americanos). Porintermédio da OEA, as famílias das vítimas passaram a receber uma pensão.

Marcelo Costa de Andrade – O Vampiro de Niterói

                             


 Marcelo Costa de Andrade é conhecido como o “Maníaco” ou “Vampiro” de Niterói. Ele, um garoto com cara de filhinho de papai de aparência inofensiva, é na verdade um psicopata religioso, um dos mais famosos seriais killers do Brasil. Filho de imigrantes pobres do Nordeste, Marcelo cresceu na favela da Rocinha, no Rio de Janeiro.

Ele viveu sem água corrente e apanhava regularmente do seu avô, do seu padrasto e da sua madrasta. Quando tinha 10 anos foi abusado sexualmente. Aos 14 começou a se prostituir para viver. Ele foi enviado para um reformatório, mas escapou. Aos 16 anos ele começou um relacionamento homossexual com um homem mais velho. Aos 17 anos tentou estuprar seu irmão de 10 anos.

Quando ele tinha 23 anos terminou sua relação homossexual e ele voltou a morar com sua mãe e seus irmãos que se mudaram para Itaboraí, cidade próxima a São Gonçalo, região metropolitana do Rio de Janeiro. Lá encontrou emprego distribuindo panfletos de uma loja do bairro de Copacabana.

Ele também entrou para a Igreja Universal do Reino de Deus e começou a ir à igreja quatro vezes por semana. Apesar de algumas idiossincrasias e seu estranho e incoerente sorriso, sua vida parecia normal. Isto é, até Abril de 1991, quando aos 24 anos, ele começou a matar.Ao longo de um período de nove meses Marcelo registrou 14 mortes.

Suas vítimas eram meninos de rua que ele atraia para áreas desertas, estuprava e estrangulava. Ele também praticava necrofilia, decapitou um dos meninos, esmagou a cabeça de outro, e, em duas ocasiões, bebeu o sangue das vítimas.

Mais tarde, ele confessou que sua sede vampírica foi simplesmente para “tornar-se tão bonito quanto os meninos”. Violência no Rio é comum e a contagem de corpos por dia é tão grande que as autoridades nunca suspeitaram que o crescente desaparecimento de meninos pudesse ser trabalho de um serial killer. Geralmente eles são vítimas de grupos de extermínio.

Andrade confessou: “Eu preferia garotos porque eles são melhores e tem a pele macia. E o pastor disse que as crianças vão automaticamente para o céu quando morrem antes dos treze. Então eu sei que eu fiz um favor os enviando para o céu”.

Em dezembro de 1991 sua matança chegou ao fim quando ele “se apaixonou”, pelo garoto de dez anos Altair de Abreu e poupou sua vida. Marcelo encontrou o jovem e seu irmão de seis anos de idade Ivan no terminal de ônibus de Niterói.

Ele lhes ofereceu dinheiro para ajudar a acender velas para um santo na igreja de São Jorge. O sobrevivente à polícia: “Nós estávamos indo para uma igreja, mas como quando estávamos atravessando um terreno vazio, Marcelo virou Ivan e de repente começou a estrangulá-lo. Fiquei com tanto medo que eu não consegui fugir. Eu vi com atenção o horror, lágrimas escorriam pelo meu rosto, como ele matou e estuprou meu irmão.

Quando ele tinha acabado com Ivan, ele se virou para mim, me abraçou e disse que me amava”. Então ele convidou Altair para morar com ele. Assustado com a morte do irmão, o rapaz concordou em passar a noite com Marcelo no meio de arbustos. Na manhã seguinte, o assassino e o levou seu amado Altair para trabalhar com ele.

Quando chegaram o escritório estava fechado. O jovem aterrorizado conseguiu escapar. Ele pegou uma carona no caminho de volta para casa e disse à sua mãe que tinha se perdido de seu irmão. Alguns dias depois, pressionado por sua irmã, o menino disse a verdade. Enquanto isso Marcelo, um assassino verdadeiramente atencioso, voltou à cena do crime para colocar as mãos de sua vítima dentro da cueca ”para que os ratos não pudessem roer os seus dedos”.

Quando a família de Ivan foi à polícia, Marcelo, que manteve a sua rotina diária, foi preso calmamente na loja onde trabalhava no Rio de Janeiro. “Eu pensei que você ia vir ontem”, disse aos policiais. Inicialmente, a polícia pensou que o assassinato de Ivan era um caso isolado. No entanto, dois meses depois, a mãe de Marcelo foi chamado para depor sobre o estranho comportamento de seu filho.

Uma noite, ela disse, ele saiu de casa com um facão “para cortar bananas”. Ele retornou na manhã seguinte sem bananas. Em poucos dias Marcelo confessou 14 assassinatos e levou a polícia aos restos mortais de suas outras vítimas. Ele perguntou para policiais, se alguma vez pelo mundo, houve algum caso como o dele e disse que matou porque gostava dos meninos e não queria que eles fossem para o inferno.

Marcelo chegou a ser internado em um hospital psiquiátrico, mas hoje ele está na cadeia. Em fevereiro de 1997, Marcelo fugiu da cadeia e foi encontrado 1 dia depois no Ceará. Certa vez acreditavam que ele pudesse ter matado uma 15 vítima, dessa vez uma garota, mas, Marcelo disse que não matou nenhuma garota porque nunca gostou de garotas e que matar não adiantava, porque elas não iriam para o Céu de maneira nenhuma.


Adriano da Silva – O Monstro de Passo Fundo

                         

O serial killer da região de Passo Fundo Adriano, a quem se atribuíram 12 mortes, embora ele admita apenas oito, foi preso no Município de Maximiliano de Almeida, na divisa do Rio Grande do Sul com Santa Catarina, em janeiro de 2004.

Na Polícia e em Juízo, Adriano, também conhecido como Monstro de Passo Fundo, revelou detalhes sobre as mortes dos meninos, revelando – sem demonstrar nenhuma emoção – como imobilizava suas vítimas.

Garantiu também que só abusava sexualmente dos meninos depois de matá-los. Nunca, segundo o depoimento, levava nada das crianças, nem roupas ou objetos. Adriano já tinha sido condenado por latrocínio, roubo seguido de morte, formação de quadrilha e ocultação de cadáver, no Paraná. Silva era procurado desde 2001, quando teria escapado da cadeia no Paraná, onde cumpria pena de 27 anos pela morte desse taxista.

Desde então, circulou pelo interior gaúcho sob nomes falsos e vivendo de bicos. Interrogado pelos policiais, Silva confessou os crimes. Dos 27 anos de detenção que tinha para cumprir, fugiu depois de seis meses. Durante as investigações feitas pela Polícia gaúcha do RS chegou a ser preso, mas foi solto por falta de provas.

O assassino carregava luvas e um lenço, para não deixar impressões digitais. Questionado sobre tamanha brutalidade, Silva falou de “uma vontade íntima, de um vício”. Um detalhe espantoso nesse caso é que, nos últimos meses, antes de ser definitivamente acusado e confessar as oito mortes, o presidiário chegou a ser detido três vezes – uma por furto, outra por estar com uma faca e a terceira quando o avô de um dos meninos mortos suspeitou dele.

Mas acabou solto em todas as ocasiões porque a polícia não sabia estar diante de um foragido. Silva disse aos policiais ter perdido os documentos e se identificou como Gabriel, nome de seu irmão. A desculpa foi suficiente para enganar a polícia, mas já se sabe que nada teria acontecido ainda que Adriano da Silva fosse identificado.

Durante muitos meses, a Secretaria de Segurança do Paraná, Estado de onde ele fugiu, deixou de alimentar o sistema nacional de informações policiais. Ou seja, não haveria como saber que se tratava de um bandido foragido. Em liberdade, Silva mataria uma vez mais.

Novamente, a polícia o capturou com a ajuda de uma testemunha que viu a vítima com o assassino.Entrevistado em 2010 ele alegou que só cometeu um dos 12 homicidios e que foi forçado a confessar os demais crimes, alegando que uma rede cometia os assassinatos e que se ele se negasse a confessar, a familia dele correria riscos.

Eudóxio Donizeti Bento


39 anos, foragido da penitenciária de Presidente Venceslau. Três das vítimas, todas do sexo feminino, inclusive uma criança de nove anos, foram estupradas e tiveram as cabeças decepadas.
Marília,SP – A Delegacia de Investigações Gerais (DIG), de Presidente Prudente, desvendou ontem a autoria de sete homicídios ocorridos desde 1989, com a confissão de Eudóxio Donizeti Bento, que também usa o nome de Donizeti Bento de Jesus

Segundo o delegado Marco Antônio Scaliante Fogolin, titular do setor de homicídios da DIG, o criminoso foi preso em Caarapó(MS), na semana passada, durante as investigações para desvendar a morte da menina Amanda Cristina de Lima, de 9 anos, ocorrida em fevereiro deste ano. A menina foi levada para um matagal próximo de um córrego entre a cidade de Álvares Machado, no Oeste do Estado e o distrito de Coronel Goulart, onde foi estuprada e morta. Sua ossada foi encontrada no local, um mês depois, sem a cabeça.

Nos interrogatórios, Bento confessou ter estuprado, matado e decepado, Olívia Nascimento Lima, 29 anos, e a enfermeira Fátima Sueli Pereira de Souza, 23 anos, todas de Presidente Prudente, respectivamente nos anos de 1991 e 1999.

Ele também admitiu ter assassinado a tiros ou facadas um homem identificado apenas como Adelício, em Birigui, no ano de 1989; uma mulher de nome Zélia e seu filho Mário de 5 anos, em Carapó (MS), em 1992, e Aparecido Prudêncio de Oliveira, 39 anos, em Pirapozinho, em 1999. Os crimes foram confirmados e que nos casos da região de Prudente, o assassino mostrou os locais onde enterrou os corpos.

Estrangulador do Morumbi é libertado após passar 30 anos na cadeia


Depois de passar 30 anos na cadeia, José Paz Bezerra está novamente nas ruas. Ele cumpriu a pena máxima pelo assassinato de sete mulheres.

Bezerra, 56 anos, o “Estrangulador do Morumbi”, como ficou conhecido, está em liberdade desde segunda-feira. Os últimos 22 anos de sua pena ele cumpriu na Penitenciária do Estado, na capital paulista.

Bezerra ficou famoso em todo o país no final dos anos 60 e início dos 70. À época, ele trabalhava como mordomo em mansões do Morumbi (zona oeste). Todas as suas vítimas mantiveram um relacionamento amoroso com ele e morreram estranguladas. Considerado bonito e charmoso, ele se aproximava com facilidade das mulheres.

Em apenas nove dias, de 16 a 25 de junho de 70, Bezerra agiu cinco vezes. Nesse período, três mulheres foram brutalmente estranguladas no Morumbi e duas outras em São Bernardo do Campo (ABC).

Para ganhar a confiança das mulheres que matava, Bezerra se aproximava de seus amigos e parentes com o intuito de criar um vínculo com a vítima.

Após assassinar as mulheres, Bezerra tinha o hábito de guardar em sua casa as peças íntimas das vítimas.

Bezerra agiu em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Pará, Estado em que finalmente foi apanhado, em 12 de novembro de 71.

O ódio compulsivo que sentia por mulheres era explicado por especialistas da época como consequência de um sentimento de ódio que Bezerra sentia pela própria mãe.

Segundo o Estrangulador do Morumbi, quando era criança sua mãe mantinha relações sexuais com diversos homens na sua frente. “Ela era uma mulher da vida, de programa”, declarou Bezerra em entrevista por telefone.

Apesar de condenado por sete homicídios, o ex-mordomo afirma que matou muito mais. “Pelas minhas contas foram 24 mulheres”, diz com naturalidade. A Justiça, porém, não conseguiu obter provas para incriminá-lo em todos os homicídios que afirma ter praticado.

Livre e sem dívidas com a Justiça, Bezerra diz agora estar recuperado. “Todo esses anos sem desfrutar da liberdade me fizeram refletir e mudar meu modo de pensar. Tenho certeza disso”.os, o ex-mordomo afirma que matou muito mais. “Pelas minhas contas foram 24 mulheres”, diz com naturalidade. A Justiça, porém, não conseguiu obter provas para incriminá-lo em todos os homicídios que afirma ter praticado.

Livre e sem dívidas com a Justiça, Bezerra diz agora estar recuperado. “Todo esses anos sem desfrutar da liberdade me fizeram refletir e mudar meu modo de pensar. Tenho certeza disso”.

Nascido em Tambaú. Atacou de 1950 a 1953. Era casado, mas não podia fazer sexo com sua mulher por seus vários problemas de saúde. Tinha um impulso sexual incontrolável, chegando a atacar 5 pessoas num só dia, sem ainda se sentir saciado.

Gostava de meninas, principalmente japonesas. Anotava todos os crimes num caderninho. Estava sempre de terno e chapéu e com uma pasta na mão, que continha uma corda com uma laçada.

Entre estupros e tentativas de violência sexual cometeu 29 crimes na Grande São Paulo na década de 50. Dez de suas vítimas acabaram mortas. O “Monstro de Guaianazes” pedia a elas que fizessem sexo com ele. Ao ouvir a recusa, arrastava-as para locais ermos e cometia os crimes. Quando despia as vítimas meninas as cobria com as peças de seu vestuário, quando mulheres as deixava completamente nuas e descobertas.

Foi preso em 1952. e morreu na prisão de infarto em 1976.

Anestor Bezerra da Silva – O matador de taxistas

                           

Um mistério para a polícia! Um homem combina uma corrida – longa – de táxi e, de repente, os motoristas desaparecem. Alguns já reapareceram mortos. Nossos repórteres investigam a história do matador de taxistas!

Agosto de 2004. Um desconhecido chega à cidade de Pouso Alegre, sul de Minas. Contrata uma corrida de táxi para São Paulo. O motorista não pode viajar. Mas convida um amigo para fazer o serviço: Daniel de Souza Lima.

“Pediu pro Daniel levar o rapaz em São Paulo. Eles saíram pra levar o rapaz e ele não apareceu mais”, conta José de Oliveira Lima, pai de Daniel.

Daniel pega o desconhecido na hora marcada. Segue pela estrada. Um dia depois, o corpo dele é encontrado com um tiro na cabeça, em São Paulo.

Daniel foi a última vítima identificada pela polícia de um assassino em série que vem atacando motoristas de Minas Gerais. A tática é sempre a mesma: ele contrata uma corrida para São Paulo e o taxista e o carro desaparecem. Com a morte de Daniel já são seis as vítimas nos últimos 40 dias.

O primeiro ataque foi em Porteirinha. O taxista Edmárcio Martins, dia 23 de julho. Em Inhapim, o assassino pega o táxi de José Wanderley de Souza, dia 5 de agosto. O último contato do motorista com a família foi num posto de gasolina.

“O frentista falou que ele estava acompanhado de um rapaz, e o rapaz estava muito agitado, andava de um lado pro outro. E meu irmão parecia tranqüilo”, declara a irmã de José Wanderley.

Quatro dias depois, outra vítima: Hélio Gualberto Lord, em Lassance. No dia 12 de agosto, o ataque é na capital, Belo Horizonte. O motorista Flávio Augusto de Souza também desaparece. Dia 19 de agosto. A vítima é Willian Max de Souza Carvalho, na cidade de João Pinheiro. E, cinco dias depois, Daniel de Souza Lima, em Pouso Alegre.

“A notícia que temos é que o corpo foi encontrado e que o irmão reconheceu”, conta Rita de Cássia Luna, amiga de Daniel.

Willian e Flávio continuam desaparecidos. Os corpos de Daniel, Edmárcio, José Wanderley e Hélio foram encontrados numa região de mata fechada em São Bernardo do Campo, São Paulo. Não muito longe de onde mora a família do principal suspeito dos crimes: Anestor Bezerra de Lima.

“O perfil dele é de um criminoso comum. Mas com um profundo distúrbio psicológico. Ele não tem mais mecanismos para frear o ato violento. E essa falta de mecanismos está levando ele a cometer crimes em série, e muito próximos um do outro”, analisa o delegado Marcos Carneiro Lima.

Ex-motorista de ônibus, Anestor foi demitido por restrição em avaliação psicológica. O laudo aponta desestruturação psíquica e comportamento de grandeza e hostilidade.

“Na avaliação é dito que ele não aceita ordens, regras e normas. É um sujeito crítico, ou seja: uma bomba de retardo, pronta pra explodir a qualquer momento”, compara o delegado Lima.

Para identificar o homem – considerado o maior assassino em série de São Paulo desde a prisão do Maníaco do Parque – primeiro foi feito o retrato falado. Seguindo orientação de quem viu Anestor pegar os táxis.

“Ele tem estatura de 1,75m, aproximadamente. Ele possui a pele branca, tem cabelos curtos e castanhos. Tem os olhos castanhos”, detalha a delegada Cristina Cicarelli Masson.

Num vídeo, que o Fantástico mostra com exclusividade, Anestor aparece com óculos. Foi filmado quando participava de uma festa em Minas.

“A imagem congelada e a fotografia apresentada às demais testemunhas dos outros casos, o que possibilitou seu reconhecimento imediato”, explica a delegada Cristina.

A principal pista veio de um número de telefone que Anestor deixou com uma mulher, em Minas. Era de uma farmácia, perto de uma casa onde ele morou, em Diadema, São Paulo. Pela foto, os policiais do bairro identificaram Anestor Bezerra de Lima. Já fichado como ladrão e golpista.

“É pessoa que tem poder de convencimento muito grande, constrói uma história, e as pessoas acreditam na história, mesmo porque ele é estelionatário. Essa é uma característica do crime de estelionato”, diz a delegada Cristina.

O criminoso ainda desafiou a polícia. Ligou para o delegado cinco vezes, quando a mãe foi levada para depor. E mais: o assassino de taxistas chegou a conversar por telefone com a família e amigos das vítimas. E passava informações falsas.

“Ele se identificou como sargento Gabriel. Me deu a informação de que tinha ocorrida um acidente com uma van branca e que o Daniel estava em coma num hospital de Itajubá”, conta uma amiga de Daniel.

A ligação foi feita de Campinas, interior de São Paulo, no sábado, 28 de agosto. Dois dias depois, um taxista de Campinas aparece morto na beira de uma estrada. O carro não foi levado. O motorista acionou o bloqueio de gasolina. Jaime Andrade da Silva, mineiro, de 52 anos, pode ser a sétima vítima do assassino de taxistas.

Fortunato Botton Neto – O Maníaco do Trianon 

                                   

Entre 1986 e 1989, Fortunato Botton Neto, garoto de programa que atuava no Trianon, matou 13 homens – com idades entre 30 e 60 – com requintes de crueldade. Quando foi preso, confessou os crimes com detalhes de embrulhar o estômago.

Depois de combinar o preço do programa, ele seguia para o apartamento das vítimas, onde bebia com elas até que ficassem totalmente alcoolizadas. Amarrava os tornozelos e os pulsos, amordaçava e matava por estrangulamento, golpes de faca ou chave de fenda.

Em alguns casos, chegou a pisotear as vítimas até que os órgãos internos saíssem pela boca, ouvidos, nariz e ânus. Terminado o serviço, ele vasculhava o apartamento da vítima à procura de dinheiro e objetos valiosos que pudessem ser vendidos facilmente sem levantar suspeitas.

A frieza com que Neto relatou os crimes chocou os policias que trabalhavam no caso. Em de seus depoimentos, o maníaco diz: “Matar é como tomar sorvete: quando acaba o primeiro, dá vontade de tomar mais, e a coisa não para nunca”. Neto foi condenado por três dos sete crimes que confessou. Morreu na prisão em fevereiro de 1997, de broncopneumonia decorrente da Aids.

Preto Amaral 

Aos 17 anos, o escravo José Augusto do Amaral foi liberto pela Lei Áurea e entrou para o exército, servindo em todo o país. Na Guerra dos Canudos (1897), ele foi promovido a tenente. Finda a guerra, Amaral integrou batalhões de polícia e  desertou. Acabou sendo preso em Bagé, Rio de Janeiro, ao tentar desertar do exército nacional. Foi condenado a sete meses de prisão e, ao sair, aos 56 anos, passou a fazer bicos em São Paulo.

Em 1927, Amaral foi preso novamente. Desta vez, acusado de seduzir, estrangular e  estuprar três rapazes. Em seu depoimento, Amaral contava que seduzia e depois asfixiava as vítimas, estuprando-as depois de mortas.  A primeira vítima tinha 27 anos e conheceu Amaral na Praça Tiradentes, depois de pedir-lhe fósforos. Conversa vai, conversa vem, foram para um botequim tomar café, onde Amaral o convidou para assistir a um jogo de futebol. O corpo de Antônio Sanchez foi encontrado próximo ao Campo de Marte, na zona norte de São Paulo.

A segunda vítima tinha apenas 10 anos e foi atraída por Amaral com balões que ele vendia na região do Canindé, também na zona norte. O corpo de José Felippe Carvalho foi encontrado 13 dias depois, sem os membros superiores. Antônio Lemos tinha 15 anos quando foi abordado por Amaral nos arredores do Mercado Municipal, na região central da cidade. Amaral ofereceu almoço à vítima e partiu com ela num bonde rumo à Lapa. Foi só quando o corpo de Lemos foi encontrado que a polícia percebeu estar diante de um assassino incomum. Mas não havia nenhuma pista do assassino, até que Roque Piccili, um engraxate de 9 anos conseguiu escapar de Amaral. O assassino levou o menino para debaixo de uma ponte e já o estrangulava quando se assustou ao ouvir vozes e fugiu. O menino contou à polícia e Amaral foi preso e torturado. Na cadeia, confessou os crimes, contando em detalhes como matou suas vítimas.

Os crimes ganharam as manchetes nacionais. Amaral foi chamado de “monstro negro”, “diabo preto” e “estrangulador de crianças”. Acabou ficando conhecido como “Preto Amaral”. Morreu na Cadeia Pública de São Paulo, cinco meses depois de ser preso, de tuberculose, antes de ser julgado. Os motivos reais que levaram Amaral aos crimes ainda são um mistério, mas o psiquiatra que o examinou na prisão relacionou-os ao tamanho do pênis do ex-escravo. Na época, era comum relacionar o tamanho do pênis ao tamanho da bestialidade do criminoso.

Apesar de ter confessado os crimes, Amaral pode não ter sido o real culpado. Crimes semelhantes continuaram ocorrendo mesmo depois da prisão de Amaral, que tinha apresentado álibis para os dois primeiros assassinatos. Mesmo assim, Amaral acabou ganhando o título de primeiro serial killer brasileiro.

Febrônio Índio do Brasil – O Filho da Luz 

Nem bem Preto Amaral foi preso, e outro assassino serial apareceu para aterrorizar a população em 1927 – Febrônio Índio do Brasil. Os corpos de suas vítimas foram encontrados no ilha do Ribeiro, no Rio de Janeiro, nus, tatuados com as letras DCVXVI, e com marcas de estupro e estrangulamento. Auto-intitulado “Filho da Luz” (por estar em uma luta contra o demônio), ele abordava as vítimas com a promessa de um emprego que complementaria a parca renda familiar. Depois as levava para a isolada ilha do Ribeiro, onde as tatuava, estuprava e matava. O serial killer ainda tentou matar outros rapazes – todos com idades entre 8 e 14 anos -, que conseguiram escapar depois de sessões de tortura e estupro.

Quando foi preso, depois de ser reconhecido por familiares das vítimas, negou a autoria dos crimes. Mas acabou confessando ter estrangulado, em 13 de agosto de 1927, o menor Almiro José Ribeiro e jogado o corpo da vítima num matagal. Depois, assumiu a autoria do assassinato e estupro de Jonjoca, um menino de 10 anos. Ao levantar a ficha de Febrônio, os policiais viram que ele já havia sido preso 29 vezes, por fraude, pederastia e tendências homossexuais, tentativa de atentado violento ao pudor e exercício ilegal da odontologia. O Filho da Luz dizia ter visões que ordenavam que ele tatuasse dez rapazes para seguir sua missão contra o demônio. As letras tatuadas nas vítimas e em seu próprio tórax, segundo ele, significavam “Deus Vivo” ou “Imana Viva”. Com uma religiosidade aflorada, Febrônio chegou a mandar publicar o seu próprio evangelho, intitulado “As revelações do príncipe do fogo”. Todas as cópias foram queimadas pela polícia quando Febrônio, considerado inimputável, foi para o manicômio, onde permaneceu até morrer, aos 89 anos de idade.

Francisco Costa Rocha – Chico Picadinho 

Em 1966, a bailarina austríaca e boêmia Margareth Suida conheceu o corretor de imóveis Francisco Costa Rocha. A boa aparência e a boa lábia do moço, misturadas à bebida, acabaram atraindo Suida para o apartamento de Rocha. E para uma morte horrível. No meio da relação sexual, Rocha tornou-se violento. Mordeu-a, socou-a e tentou estrangulá-la com as mãos. Sem sucesso, terminou o trabalho com um cinto. Depois de certificar-se que Suida estava morta, decidiu livrar-se do corpo. Mas como? Rocha pegou uma lâmina de barbear, uma tesoura e uma faca e começou a retalhar o corpo ali mesmo, no tapete do sala. Começou cortando os seios, depois retirou os músculos da parte da frente. Levou o corpo para banheiro, retirou as vísceras e as jogou no vaso sanitário. Desistiu, pegou uma sacola plástica e colocou lá as tripas da moça. Voltou ao corpo, agora na banheira, e retirou parte dos músculos das costas e um pedaço das nádegas. Foi denunciado pelo amigo com quem dividia a quitinete, condenado a 18 anos de prisão e libertado na metade da pena por bom comportamento. Era um preso exemplar, que lia Nitzsche, Dostoiéviski, Frankel e Kafka. Ganhou a confiança do diretor e a liberdade condicional em junho de 1974.

Dois anos, dois casamentos e dois filhos depois, Francisco matou e retalhou a prostituta Ângela da Silva Souza com os mesmos requintes de crueldade com que havia matado Suida. Para esconder o corpo, Francisco arrastou-o até o banheiro e, munido de uma faca de cozinha, um canivete e um serrote, começou a retalhar o cadáver. Cortou fora os seios, abriu o ventre, retirou as vísceras e jogo-as no vaso sanitário. Como o encanamento entupiu, Francisco decidiu mudar de tática: picou o corpo de Souza bem miúdo e distribuição porções em sacos plásticos e em uma mala de viagem para facilitar o trasnporte. Demorou entre 3 e 4 horas para concluir o “serviço”. Novamente, foi denunciado pelo companheiro de apartamento.

“Chico Picadinho”, como ficou conhecido, voltou para a prisão. Foi condenado a 22 anos e meio pelo crime e deveria ter sido solto ao fim da pena máxima de 30 anos. Mas ao término da pena, em 1998, em vez de ser posto em liberdade, Chico Picadinho foi mandado para a Casa de Custódia de Taubaté, sob a alegação de que criminosos psicopatas podem ser mantidos indefinidamente em estabelecimentos psiquiátricos para receber tratamento. Chico Picadinho ainda está preso.

Francisco de Assis Pereira – Maníaco do Parque 

Nove. Este foi o número de mulheres encontradas mortas, com sinais de espancamento e estupro, no Parque do Estado, na divisa de São Paulo com Diadema, em 1998. Elas não tinham nada em comum, a não ser o desejo escondido de se tornar modelo fotográfico. Foi com a promessa de uma sessão de fotos para um catálogo que o motoboy Francisco de Assis Pereira conseguiu atrair para o Parque 14 moças. Cinco conseguiram escapar depois de ser estupradas e ter coxas, seios e costas mordidas pelo motoboy. As nove restantes não tiveram a mesma sorte. Foram mortas por estrangulamento, com o cadarço dos sapatos ou uma cordinha que Pereira levava na pochete. O “Maníaco do Parque”, como ficou conhecido, fugiu quando seu retrato falado foi divulgado pela polícia. Foi preso uma semana depois, no Rio Grande do Sul, quando um pescador reconheceu o rosto do retrato falado e denunciou sua presença à polícia local.

Ao ser preso, Pereira primeiro negou a autoria dos crimes, depois confessou que havia matado todas as nove mulheres encontradas no Parque do Estado. Foi condenado a 274 anos de prisão e jurado de morte pelos internos. Quando foi questionado sobre os motivos que o levaram a matar as mulheres, Pereira disse: “Eu tenho um lado ruim dentro de mim. É uma coisa feia, perversa, que eu não consigo controlar. Tenho pesadelos, sonho com coisas terríveis. Acordo todo suado. Tinha noite que não saía de casa porque sabia que na rua ia querer fazer de novo, não ia me segurar. Deito e rezo, pra tentar me controlar” [fonte: Veja]. Pereira atribui isso ao fato de ter sido molestado por uma tia quando criança e de ter sido violentado por um patrão na adolescência.
Paulo Sérgio Guimarães da Silva – Maníaco de Novo Hamburgo


Entre dezembro de 1998 e março de 1999, o pescador Paulo Sérgio Guimarães da Silva, conhecido por “Titica”, atacou quatro casais, o que resultou na morte de sete pessoas e deixou tetraplégica uma menina de 14 anos.


Depois que “Titica” começou a agir, os moradores da praia do Cassino, onde aconteceram três dos quatro crimes, tiveram suas rotinas modificadas devido à série de assassinatos.No dia 12 de dezembro de 1998, o casal de namorados Felipe Santos, de 19 anos e Bárbara da Silva, de 22 anos, foi encontrado morto a tiros ao lado do carro estacionado a beira mar.

Edson Izidoro Guimarães – o Enfermeiro da Morte 


Edson Izidoro Guimarães, nascido no Rio de Janeiro em 1957, conhecido como “ Anjo da Morte” ou “Enfermeiro da Morte”, é um ex-auxiliar de enfermagem que assistia no setor de emergência do Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, Zona Norte do Rio de Janeiro, responsável direto pela morte de pelo menos cinco pessoas. Estima-se que o número verdadeiro de suas vítimas, porém, seja superior a cem, o que o transformaria num dos maiores assassinos em série do Brasil e do mundo.
Edson Izidoro Guimarães foi preso em 07 de maio de 1999, quando trabalhava no plantão do Hospital Salgado Filho. No dia 21 desse mês ele foi denunciado pelo Ministério Público por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, emprego de asfixia e veneno e mediante recurso que impossibilitou a defesa das vítimas). Ele ficou conhecido como o “Enfermeiro da Morte” por ter desligado os aparelhos respiratórios das pacientes terminais Márcia Garnier Pereira, Maria Aparecida Pereira e Francisca Teresa Coutinho de Oliveira.

Ele também foi condenado por ter injetado cloreto de potássio em Matias Gomes, o matando por embolia pulmonar. Os assassinatos ocorreram em 7 de maio de 1999, no mesmo dia em que acabou sendo preso. Izidoro confessou que matava os pacientes terminais para receber comissão de funerárias. Ele chegou a ser acusado de outras 126 mortes ocorridas durante seus plantões.

Em 17 de fevereiro de 2000, Edson Izidoro Guimarães foi condenado a 76 anos de prisão, resultado da soma das quatro penas de 19 anos pelas mortes dos quatro pacientes do Hospital Municipal Salgado Filho. A defesa apelou, e no dia 13 de março de 2001, a 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, em decisão unânime, reformou a sentença por entender que houve crime continuado e não concurso material de crimes.

Na ocasião, a Câmara fixou a pena de Edson Izidoro em 31 anos e oito meses de reclusão, permitindo à defesa protesto por novo júri, igualmente aceito por unanimidade. Em 27 de setembro de 2001 Guimarães foi novamente julgado, agora pelo III Tribunal do Júri do Rio de Janeiro.

Atualmente, Edson permanece preso nas celas da Polinter, no Rio de Janeiro, e, ao que tudo indica, não abandonou a profissão de enfermeiro. Segundo policiais, o auxiliar de enfermagem é requisitado “sempre que um interno sente-se mal”. É ele quem presta os primeiros socorros na carceragem, a pedido dos próprios policiais e detentos.

Além disso, Izidoro é considerado preso de bom comportamento e desfruta de “algumas regalias”. Por ser classificado como “faxina”, detento que presta serviço ou ajuda na prisão, ele, que já dividiu espaço com outros 31 presos, ocupa uma cela com cerca de sete condenados, equipada com televisão, fogão, geladeira e colchões.

Conforme informaram alguns policiais, esse tipo de tratamento é dispensado aos presos primários, de bom comportamento, sem nenhum tipo de ligação com facções criminosas. O caso serviu para tornar pública uma prática que até então era muito comum nos hospitais do Rio de Janeiro e possivelmente do restante do país: a máfia das funerárias.

Com a prisão de Edson Izidoro Guimarães foi confirmado um esquema no Hospital Salgado Filho, onde as empresas funerárias agiam livremente pagando comissões a quem indicasse seus serviços. As investigações mostraram que o auxiliar de enfermagem chegava a lucrar entre cem e mil reais, dependendo do tipo de morte. As mortes naturais rendiam menos que aquelas produzidas por acidentes de trânsito. Estas últimas envolviam um esquema de seguro. Foi descoberto que a ação da máfia das funerárias não se restringia ao Rio de Janeiro.

A prefeitura de São Paulo também admitiu que sua população era vítima da ação criminosa de agentes funerários, não ficando provado que a máfia paulista chegasse ao extremo das similares no estado onde Edson operava.

Em 23 de agosto de 2009, a 11ª Câmara Cível do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro) condenou o município do Rio de Janeiro a pagar indenização moral de R$ 50 mil a Sebastiana Barbosa, viúva de Jorge Barbosa, morto por Edson em abril de 1999. De acordo com o processo, Jorge foi internado no Hospital Albert Schweitzer depois de sofrer convulsões e, logo após, foi transferido para o Hospital Salgado Filho, no Méier. Como Jorge estava medicado e as crises controladas, Sebastiana resolveu retornar para casa. Ao voltar ao hospital, no dia seguinte, descobriu que ele havia falecido. Sebastiana é o primeiro parente de uma vítima do “Enfermeiro da Morte” a receber indenização.




terça-feira, 5 de abril de 2016

Horror em Araçariguama SP

                 

Em 16 de fevereiro de 1946, João Prestes Filho foi pescar com mais três amigos, no rio Tietê, na localidade de Araçariguama no interior de São Paulo. Prestes retornou por volta das 19:00 horas. Sua esposa, Silvina Nunes Prestes, havia saído, deixando a casa trancada. Na realidade estava em um baile de carnaval daquela cidade com parentes. 

João tentava entrar pela janela da casa, quando um raio luminoso de cor amarelada, que vinha do alto, atingiu-o no braço. Completamente tonto, correu para a casa de sua irmã, Maria, situada a mais de 2 Km dali. Ao contar tudo o que aconteceu, João gritava: “a luz, a luz….” pedindo socorro. Pouco depois, chegou o delegado Malaquias. A pele de João, de início parecia torrada, sendo que as mãos e o rosto estavam mais afetados. Alarmados pelo ocorrido, diversas pessoas foram até a casa ver o estado da vítima.

Segundo estudos divulgados na década de 50 e 60, o corpo de João Prestes começou a se desmanchar. Porém, segundo estudos posteriores, realizados pelos ufólogos Claudio Suenaga e Pablo Villarubia Mauso, nenhuma testemunha dos acontecimentos observou pedaços do corpo de Prestes soltar-se.
Por outro lado o pesquisador Fernando Grossman da extinta APEX entrevistou o enfermeiro Araci Gomide que atendeu João Prestes em sua agonia e confirmou as queimaduras e o desprendimento da carne.
João foi levado de carroça para o Hospital de Santana de Parnaíba acompanhado pelo enfermeiro, mas faleceu no caminho antes de chegar ao hospital. O tempo transcorrido entre o raio luminoso e sua morte foi de aproximadamente seis horas.

                    

Abaixo você confere um relato de um jornalista que acompanhou o caso de perto:

Uma estranha luz conduziu, em poucas horas, João Prestes Filho à morte por causa de intensas queimaduras, segundo algumas testemunhas, ou pelo desprendimento de suas carnes deixando expostos ossos e tendões, segundo outras.
A resposta para um dos mais desconcertantes e pavorosos casos da história mundial da Ufologia passou-se no pequeno e apertado hotel, o Minas Gerais, onde o historiador e ufólogo Cláudio Tsuyoshi Suenaga e eu havíamos nos hospedado para investigar vários ataques de supostos chupa-cabras que atuavam naquela região.
Estávamos na cidade de São Roque, a 47 km da cidade de São Paulo quando meu companheiro de quarto me alertou em meio ao silêncio da noite sobre uma página de um jornal que havia recolhido dentro de um mulambento banheiro.
Entre o êxtase e a emoção, atropelando as palavras, o jovem nipo-brasileiro me leu o conteúdo do tal jornal, de 12 de abril de 1997: “Faleceu a 6 de abril, em sua residência, nesta cidade, o estimado sr. Roque Prestes…. com 91 anos de idade… era irmão de João Prestes (falecido)…”. Para nosso assombro, havíamos encontrado a pista dos parentes de João Prestes Filho, o homem que em 4 de março de 1946 morreu de uma forma totalmente atroz: após ser atacado por uma estranha luz, suas carnes começaram a desgrudar dos ossos, especialmente da mandíbula, peito, mãos, dedos, pernas e pés até consumir sua vida em poucas horas. Alguns pedaços de carne caíram soltando-se dos tendões diante do espanto das testemunhas e a impotência da vítima.
O Hotel Minas Gerais foi testemunha de nossa insônia e intranqüilidade até o amanhecer, quando contatamos por telefone o filho do falecido Roque Prestes. Em questão de minutos, e a passo acelerado, chegávamos à modesta residência do sexagenário Luis Prestes, na periferia de São Roque. Luis ainda estava de luto pelo falecimento de seu pai, Roque, um ex-soldado da Revolução Constitucionalista de 1932.
“Até há pouco tempo, antes de morrer, meu pai recordava o trágico fim de seu irmão, naquele ano de 1946. Eu era pequeno, tinha uns 9 anos, mas me lembro perfeitamente o que se passou com meu tio João. Era semana de carnaval e João, que odiava tais festividades decidiu ir pescar, montado em sua carroça. Ele vivia em Araçariguama, um povoado a somente 7 km de São Roque e, na ocasião, um lugar muito isolado e tranqüilo. Minha tia foi às festas junto com os filhos e o deixou em casa”, nos reconstituía os fatos Luis Prestes diante de nossos olhares atentos. “Eu estava em Araçariguama quando me disseram que meu tio estava moribundo na casa de um parente. Quis entrar, mas não me deixaram, pois eu era muito pequeno e poderia ficar impressionado com o estado físico de João. Meu pai sim falou com ele, que lhe contou que ao voltar à casa, abriu a janela e algo como um fogo ou “tocha de fogo” entrou no quarto onde se encontrava. Ele caiu no chão e sentiu que seu corpo ardia. Ele se enrolou em uma manta e veio caminhando mais de dois quilômetros até a vila. Meu pai dizia que João só estava queimado da cintura para cima, à exceção dos cabelos. Eu cheguei a ver meu tio moribundo, quando o tiraram de casa para levá-lo em um caminhão a Santana de Parnaíba, onde existia um hospital. Me recordo que estava envolto com uns lençóis enegrecidos, talvez pelo queimado do corpo. João morreu antes de entrar no hospital”, seguia contando-nos Luis Prestes enquanto gravávamos seu testemunho.
“Foi publicado em vários livros em inglês, japonês e até em russo que João Prestes morreu de uma maneira atroz, com pedaços de seu corpo caindo, como as orelhas, ou a carne dos braços. Isto está correto?”, indaguei. “Não. Sua aparência, segundo meu pai, que o acompanhou ao hospital, era realmente muito penosa, mas não chegava a isso. Apresentava queimaduras graves pelo corpo. A pele, carne, estava escura. Não apresentava nenhuma lesão corporal”, nos revelou nosso interlocutor mudando parcialmente a história que havia sido impressa nos livros e centenas de artigos publicados sobre o caso.
“Meu pai, que era subdelegado de polícia de Santana do Parnaíba, solicitou a colaboração da polícia científica para pesquisar o caso, mas não sei nada sobre os resultados. O certo é que na casa onde João se encontrava quando apareceu o fogo, nada se queimou. Tão pouco ele tinha inimigos ou alguém que fizesse aquilo. Ainda moribundo disse repetidas vezes que havia a luz a sua agressora e que era ‘coisa de outro mundo’”, avaliou nosso interlocutor.
Um dado nos fez retornar à realidade com assombro. “Em Araçariguama e região, naqueles tempos, viam-se constantemente umas bolas de fogo que diziam ser ‘assombrações’. Alguns acreditavam que procediam da mina de ouro que hoje em dia está fechada. E aconteciam outras coisas raras. Meu falecido pai nos contava que em 1922 pode ver, junto com meu avo e um tio meu um ‘lobisomem’ à noite. Meu tio atirou-lhe uma pedra e acertou na mão. No dia seguinte um vizinho apareceu com a mão enfaixada. Outras pessoas contavam casos semelhantes”, nos informava Luis Prestes. Em nossas mentes se configurava a idéia de que Araçariguama e a região de São Roque poderia ser uma fantástica “zona janela”, por onde emergia uma surpreendente quantidade e variedade de fenômenos anômalos.
A teoria parecia se enquadrar com os dados seguintes que nos daria nosso informante. “A Emiliano Prestes, também meu tio e irmão de João Prestes, aconteceu algo igualmente esquisito. Alguns meses depois da trágica morte de seu irmão, estava caminhando por um bosque de Araçariguama, em Água Podre, o mesmo onde surgiu em 1922 o lobisomem, e a luz que queimou João, quando apareceu lhe uma tocha de fogo no ar. Emiliano, apavorado, encostou-se num barranco quando a coisa foi para cima dele. A única coisa que pôde fazer foi agachar-se e rezar por sua vida. Contou-nos que sentiu um intenso calor, mas por sorte, a tocha distanciou-se e desapareceu”, relatou-nos Luis adicionando mais mistérios à lista da região.
A “tocha” ou “bola de fogo” também foi vista em várias ocasiões pelo pai de Luis, durante sua juventude, um objeto que assustava os cavalos e cavaleiros que transitavam pelas escuras noites de Araçariguama para chegar às suas humildes casas no campo. “As luzes eram vistas mais entre as 3 e 4 horas da madrugada, e eram três ou quatro vezes maiores que a Lua. As pessoas sentiam o calor das luzes ainda que estivessem longe. Distanciavam-se a velocidades tremendas. Meu pai deixou de ir às festas à noite por causa dessas luzes”, recordava Luis Prestes.
Outras agressões
Antes de terminar a entrevista, satisfeitos com os novos dados que lançaram novas luzes sobre o caso João Prestes e quando não pensávamos em adicionar nada mais às informações prestadas, Luis Prestes nos deu uma valiosa pista: a existência de, possivelmente, a última testemunha viva das últimas horas de vida de João. “É um senhor muito velho, mas muito lúcido e forte. Vive aqui perto do meu bairro, em São Roque. Naquela direção”. Imediatamente caminhamos até a casa Vergílio Francisco Alves. Quando ali chegamos sua filha nos comunicou que o pai estava trabalhando na horta, enfrente da casa, cortando o mato com uma foice. Após um momento apareceu Vergílio que, para nossa surpresa, nos mostrou sua carteira de identidade onde dava fé de seus 92 anos de existência com plena saúde.
Sentado no canto do sofá de sua humilde casa, Vergílio nos contou que era primo de segundo grau de João Prestes. “Eu nasci e me criei em Araçariguama. Alí comecei a trabalhar na mina de ouro Morro Velho aos 15 ou 16 anos. Havia um engenheiro inglês que não sabia escrever meu nome e me chamava ‘garoto de ouro’. Mas eu lhe contei o que sei sobre a horrível morte de João. Foi em 1946, e era carnaval. Foi pescar próximo dali, no rio Tietê, montado em sua carroça, enquanto a esposa e os filhos foram às festividades. Fazia tempo seco, não chovia. Quando voltou, colocou seu cavalo no curral e deu-lhe de comer. Em seguida, colocou os peixes numa travessa e esquentou no forno a lenha a água para tomar banho em uma bacia. Quando trocou de roupa apareceu-lhe, no quarto, uma espécie de raio de luz amarela que iluminou tudo. João sentiu que seu corpo ardia e que a barba, ainda curta, estava queimada. Apavorado e sem poder mover as mãos, João levantou o pino da porta de saída da casa com os dentes e lançou-se descalço à rua – pois nunca usava calçado–,correndo mais de dois quilômetros até chegar, aos gritos, à casa de sua irmã Maria, perto da igreja de Araçariguama. Ali se jogou na cama e disse que estava queimado. Veio em seguida o delegado de polícia, João Malaquias, que lhe disse que não era para culpar nada pelo que havia ocorrido, pois o que o havia atacado não era ‘coisa deste mundo’. Depois começou a trovejar, trovejar e caiu uma forte chuva…”, esta parte do relato de Vergílio me recordou o Caso Varginha, em 1997, em Minas Gerais, quando após a aparição e suposta captura de uma ou mais criaturas supostamente de origem extraterrestre, ocorreu uma violenta tempestade como jamais se havia visto em Varginha. Em muitos casos “Fortianos” (em homenagem a Charles Fort, investigador de fatos insólitos), parecem ocorrer importantes mudanças atmosféricas.
“Então, você viu João Prestes quando agonizava?”, perguntou Cláudio Suenaga a Vergílio Alves. “Sim. Meu primo, Emiliano Prestes, era meu vizinho, e me chamou. Quando cheguei à casa de Maria, encontrei João Malaquías, o delegado, falando com João, este deitado na cama e começando a travar a língua. Sua pele, que era branca, estava tostada, meio marrom, como se tivesse assado. O mais queimado eram as mãos e o rosto. As mãos estavam retorcidas. Seu pelo não queimou e tão pouco seus pés nem as roupas. Só queimou da cintura para cima. Os pés estavam esfolados por ter saído correndo e pisando sobre pedras”.
“Em nenhum momento você viu que a carne de João caía aos pedaços?”, perguntei-lhe. “Não, não. Tinha a pele e a carne queimadas, mas não estavam caindo. Acredito que foi coisa do Boitatá, pois ele já havia atacado João antes…”, revelava-nos Vergílio. Cláudio e eu nos olhávamos com estupefação diante da nova informação do lúcido nonagenário. “Conte-nos esta outra agressão”, dissemos-lhe quase em uníssono. “Quando João era tropeiro (condutor de gado), ainda muito jovem vivia junto com o padre em Araçariguama. Um certo dia, ao entardecer, quando conduzia os burros por um morro, viu um fogo que caiu do céu, uma bola de fogo. Estava perto de uma capela,onde havia uma cruz, e sentiu a bola passando ao seu lado, e quase o atingiu. João me contava que ali, às vezes, viam-se dez ou doze bolas que surgiam no céu. Algumas eram vermelhas, outras da cor da lua. Às vezes, cinco ou seis caíam ao solo e explodiam. A gente chamava essas luzes de boitatá…”,seguia nos contando Vergílio. Abro um parêntesis para explicar que a palavra “boitatá” é de origem indígena e designava misteriosas luzes que se punham a perseguir e até matar os nativos, segundo as crônicas coloniais portuguesas e os relatos do padre missionário José de Anchieta, no século XVI.
O próprio Vergílio foi testemunha da aparição de uma das tais luzes, que surgiu por trás da montanha onde estavam as minas de ouro e caio em outro morro, onde também sempre apareceram luzes raras, o morro do Saboão. “Também chamávamos de ‘mãe do ouro’ a essas bolas de fogo. E também havia o ‘lagarto de ouro’, um fogo alongado que se movia em linha reta, devagar, sem fazer ruído”.
A misteriosa mina de ouro de Morro Velho está hoje abandonada. Ali, um dos principais focos de aparições de luzes, viveu o general canadense George Raston, que fundou a mina em 1926, e foi encerrada no fim dos anos 30.
Enquanto comíamos alguns deliciosos legumes cultivados por Vergílio e sua horta, ele nos contava que em Araçariguama haviam sido vistos homens-lobos, confirmando-nos as informações dadas por Luis Prestes.
“Quem levou João ao hospital?”, perguntei a Vergílio para retomar e concluir nossa entrevista sobre o caso. “Malaquias, o comissário, queria levá-lo a um hospital de São Paulo, mas a caminhonete estava muito ruim e eles foram até Santana de Parnaíba”. Logo pediu-se uma pesquisa à polícia técnica e ela não pode chegar a uma resposta para o que aconteceu; só disse que não havia nada queimado na casa de João, pois alguns haviam assegurado que havia queimado um candeeiro”.
Rumo a Araçariguama
Ainda aturdidos pelas novas informações sobre o caso Prestes, pegamos o único ônibus que faz a linha entre São Roque e Araçariguama. Desde 1946, quando era uma vila sem água, luz ou asfalto, Araçariguama não havia crescido muito e tinha serpentes venenosas em abundância. É um dos povos mais antigos da região, tendo sete mil habitantes. Foi fundado há quase 350 anos, onde viviam os “bandeirantes”, conquistadores de imensidão territorial do Brasil.
Segundo um informe publicado nos anos 60 pelo falecido ufólogo Walter Bühler, a polícia fechou a casa de João e esta foi logo derrubada, pois, aparentemente, seus familiares não teriam coragem de voltar ao lugar, que teria ganhado fama de casa mal assombrada.
Em Araçariguama nos atendeu Fabiana Matias de Oliveira, chefe de comunicação da pequena cidade, que nos levou até seu tio Hermes da Fonseca, de quase 70 anos, profundo conhecedor da história e das pessoas da região. Como muitos brasileiros de sua idade, continuava trabalhando para ganhar a vida, fazendo pequenas reformas em uma propriedade perto da cidade. Hermes sentou-se em um tronco e colocou-se a nos contar sua vida, sua chegada a Araçariguama e que uma cascavel o havia mordido, deixando-lhe uma profunda marca no tornozelo que ele nos mostrou com orgulho.
“Eu conheci João Prestes. Lembro-me perfeitamente da data de sua morte, 5 de março de 1946. O falecido deixou cinco ou seis filhos e a viúva. Eu não cheguei a ver seu corpo, só umas poucas pessoas o viram, mas disseram que tinha o corpo queimado. Mais tarde a imprensa publicou que seu corpo havia derretido, que havia caído aos pedaços”, contou-nos o setuagenário.
“Aqui sempre ocorreram coisas estranhas. Um ano depois da morte de João, seu irmão, Emiliano Prestes viu perto do cemitério, duas bolas de fogo que subiam, batiam-se entre si, voltavam a subir e repetiam a mesma ação. De repente as luzes começaram a rodeá-lo e ele sentiu um calor muito intenso. Ele se ajoelhou e rezou até que as luzes se foram. Ainda hoje em dia, porém com menos intensidade, vêem-se luzes perto daqui, em Ibaté, entre Araçariguama e São Roque. Quando se batem soltam faíscas mas não se desfazem. Giomar Gouveia, campeão de hípica e dono de um estábulo em Ibaté, viu uma luz sobre seus animais que desprendia raios de luz de cor laranja. Isso aconteceu em 1995”, contava-nos Hermes da Fonseca.
Entusiasmado por nosso interesse, Hermes seguiu, com impressionante memória, recordando datas e outros dados, situação digna de denominação como “cronista oficial” de Araçariguama. “Em 1960, um motorista de ônibus, Celso Gomide, vinha de São Roque quando viu uma luz vermelha que lhe fez parar o veículo. A luz se aproximou da cabine e Gomide, assustado, colocou-se a rezar. Os passageiros ficaram perplexos diante da insólita luz que lhe rodeou durante mais de 20 minutos”. E continuou lembrando Hermes: “Em 1955 eu trabalhava na construção de um teleférico da fábrica de cimento Santa Rita, para transportar as pedras de uma pedreira aqui, em Araçariguama. Era dia 24 de agosto desse ano e fazia um calor insuportável, quando eu e outros trabalhadores vimos um objeto que flutuava num céu muito azul. Um objeto tão grande como uma roda de caminhão, muito alto, de cor alumínio, que dava voltas e desprendia fumaça, deixando círculos de fumaça branca. Nós o vimos às 11:30 e às doze chegaram cinco ou seis aviões da FAB (Força Aérea Brasileira). Eram menores que a roda voadora e, em uns poucos segundos, esta disparou deixando para traz os aviões militares. No dia seguinte, o jornal “Folha de São Paulo” publicou um artigo onde se comentava que milhares de pessoas haviam visto em Osasco (perto de Araçariguama) um disco voador com as mesmas características”.
A menos de um quilômetro do povoado, está o cemitério. Ali encontramos o coveiro, Nelson Oliveira, de 53 anos, que nos levou até o túmulo onde estavam os restos mortais de João Prestes. Sobre a caixa de cimento recoberta por terra somente sobrava uma tosca cruz e um número de identificação. Por um momento Cláudio e eu sentimos um nó na garganta e nos veio à mente o que poderiam ser imagens dos últimos momentos de sofrimento de João Prestes. Recompostos, perguntamos a Nelson –que desde 1976 trabalhava como coveiro– se havia visto algo estranho na região.
“Em 1989 vi uma coisa estranha, redonda, voando sobre o cemitério. Era como um chapéu, porém ao contrário, e estava baixo. Era todo de alumínio, e lembrava ratos quando se moviam em linha reta, devagar, mas balançando-se. Ia em direção a São Paulo”, nos contava o coveiro mostrando-nos seu próprio chapéu, invertido, para ilustrar o avistamento.
Segundo uma entrevista pessoal que fiz ao ufólogo Antonio Ribera em Barcelona, João Prestes pode ter sido queimado pelo sistema de propulsão de uma nave extraterrestre. “Não creio que os alienígenas quiseram ferir ou matar o camponês. Simplesmente não sabiam o que poderia acontecer se chegassem perto demais dos seres humanos“, contou Ribeira.
Nos sobrou tempo para refletir sobre a terrível morte de João Prestes Filho a bordo de um ônibus desgovernado que deixava Araçariguama para trás. “Que acha que era a luz que matou Prestes?”, perguntei a Cláudio. “Talvez um relâmpago globular ou esférico”, contestou-me. “Mas como explicar as outras luzes e as criaturas da região”, insisti. Cláudio Suenaga emudeceu encolheu os ombros uma última olhada sobre a torre da igreja daquele povoado maldito.
Intrigas ufológicas
O caso João Prestes só passou a ser conhecido internacionalmente a partir de setembro de 1971, quando o ufólogo Irineu Silveira anunciou a possível conexão entre a morte do camponês e o fenômeno OVNI durante o II Simpósio Nacional sobre Vida Extraterrestre que foi realizado em São Paulo.
Vários investigadores puseram mãos à obra e revisaram o caso. Walter Bühler, um dos mais notórios ufólogos do Brasil, acreditava que as queimaduras de Prestes se deviam a um acidente com um candeeiro. Sem demora, a maioria divergia acusando Bühler de pertencer à linha “angelical” da Ufologia, ou seja, aquela que diz que os ETs vêm à Terra para fazer o bem e não o mal.
Outros, como o decano ufólogo Fernando Grossmann, puderam entrevistar uma testemunha direta do caso em 1974, o ex-aprendiz de enfermeiro Aracy Gomide.
A partir das informações prestadas por Gomide, Grossmann e o médico Luiz Braga chegaram à conclusão de que as queimaduras de Prestes se assemelhavam “aos efeitos indiretos de uma explosão nuclear. Tal como ocorreu com algumas vítimas de Hiroshima e Nagasaki, a radiação afetou as células vivas, porém não as mortas, como os tecidos das roupas e os cabelos”. Mas quem teria, em 1946, uma fonte de emissão de partículas atômicas de potência controlada e processada em Araçariguama?
“Não é um caso isolado”, me comentava Grossmann em uma entrevista que me concedeu em São Paulo. “Existem muitos paralelos entre sua morte e aquelas que aconteceram no Estado do Pará, região amazônica do Brasil, no fim dos anos 70 e início dos 80”. O investigador destaca que no dia da morte de João Prestes um funcionário público de Araçariguama, Alencar Martins Gonçalves, viu uma “bola de fogo” nas proximidades do cemitério.
As declarações de Gomide ecoaram internacionalmente e a maioria dos relatos publicados em livros, revistas e boletins centravam o caso Prestes somente nesta testemunha. Muitas das informações prestadas pelo ex-aprendiz de enfermeiro não parecem coincidir com as de Luis e Roque Prestes e Vergílio Francisco Alves. Gomide contava que João, ao chegar da pescaria, pulou uma janela para entrar em sua casa, pois sua esposa havia trancado a porta ao sair. Neste momento teria avistado a luz intensa que o queimou. Gomide, que havia trabalhado como enfermeiro no exército, foi chamado para atender João Prestes, com o qual manteve uma conversa durante sua lenta agonia de seis ou nove horas.
O enfermeiro revelou que se desprendiam tiras de carne dos braços da vítima, expondo seus ossos e tendões sem que ele manifestasse qualquer sinal de dor. As partes mais afetadas foram o rosto e os braços, mas sem apresentar enegrecimento, só decomposição, explicação que não se encaixa com a de Luis Prestes e Vergílio, que coincidem no aspecto torrado ou queimado da pele da vítima. Por outro lado, todos coincidem em que a camisa, a calça e os cabelos de João permaneciam intactos.
Cláudio Suenaga conseguiu recuperar o atestado de óbito de João Prestes no cartório de Santana de Parnaíba. Gomide disse que Prestes havia morrido entre as três e quatro da madrugada do dia 6 de março, quando na realidade isso ocorreu – segundo o atestado – às 22 horas do dia 4 de março, e não no dia 5 como até agora se acreditava ser. O médico Luiz Caligiuri assinalou no documento a causa mortis como “colapso cardíaco, queimaduras generalizadas de 1º e 2º graus”. A idade de João, divulgada até então, era de 39 anos, enquanto o documento assinala 44 anos de idade quando ele faleceu.
São Roque, Santana de Parnaíba e Araçariguama: “zonas janelas”
Em uma área circunscrita a São Roque, Santana de Parnaíba, Araçariguama e outros povoados ao noroeste de uma das cidades mais povoadas do planeta (São Paulo, com 18 milhões de habitantes) ocorrem há muitos anos uma série de fenômenos insólitos.
Em Santana de Parnaíba, onde morreu João Prestes, o boletim “Supysáua” (março de 1994), do Grupo Ufológico do Guarujá informava que três garotos haviam avistado um OVNI luminoso no dia 4 de janeiro de 1994. O objeto se aproximou do quintal da casa e estava flutuando a menos de 15 metros das testemunhas. Sua cor principal era amarela e possuía luzes verdes e vermelhas cintilantes. O curioso é que dentro da luz amarela se podia observar uma aparente estrutura metálica de forma ovalada, com uma espécie de semicírculo como uma cúpula em cima. O que mais surpreendeu os garotos foram os movimentos bruscos e zigue-zagues que o OVNI descreveu ao partir rapidamente.
No mesmo ano e lugar, em abril, um casal observou em sua fazenda (“Lila”, no quilômetro 41 da rodovia Castelo Branco) um objeto esférico de três metros de diâmetro que flutuava entre alguns arbustos e não emitia qualquer ruído. Sua cor era marrom e o centro era mais escuro. Em sua volta estavam várias luzes menores que piscavam, alternando sua cor entre o azul e o vermelho.
Antes, em 1993, na mesma fazenda, a menina Regiane Barbosa da Silva, então com 12 anos, viu um objeto esférico de uns 5 metros de diâmetro de cor prateada. O OVNI, de imediato, disparou-lhe uma luz amarela que cobriu seu corpo e iluminou todo o terreno. Após o ocorrido, Regiane apresentou sintomas como dor de cabeça e uma irritação nos olhos. Três meses depois outra testemunha viu o mesmo objeto no mesmo sítio. Os capatazes da fazenda Lila afirmaram ter visto humanóides flutuando sobre um riacho dentro da propriedade.
Uma anciã japonesa, que residiu durante sua juventude em Santana de Parnaíba, comentou a Suenaga que havia visto uma criatura misto de homem-lobo e centauro nas imediações do Sítio do Morro.
São Roque viveu uma das mais intensas ondas de ataques de chupacabras de toda a América do Sul.
Túmulo de João Prestes Filho



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