Investigação Paranormal Brasil: ARQUIVOS SERIAL KILLERS – ILANA CASOY – LOUCO OU CRUEL
Mostrando postagens com marcador ARQUIVOS SERIAL KILLERS – ILANA CASOY – LOUCO OU CRUEL. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador ARQUIVOS SERIAL KILLERS – ILANA CASOY – LOUCO OU CRUEL. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

A Música que levou mais de 100 pessoas a cometerem suicídio

Ao som de Domingo Sombrio mais de de 100 pessoas já cometeram suicídio. Pelo menos, é o que conta a história daquela que é provavelmente a música mais triste do mundo. A composição ficou mundialmente conhecida como “A canção Húngara do Suicídio”.

O misterioso caso da música relacionada a vários suicídios





O músico e pianista Rezső Seress, da Hungria, foi quem compôs em 1933 a sombria letra da canção Szomorú Vasárnap (título original em húngaro). Quando foi gravada por Pál Kalmár, em 1935, a canção do suicídio tomou conta das rádios na Hungria.

Pál Kalmár - Alchetron, The Free Social Encyclopedia

Na década de 30, inúmeros casos de suicídio foram relacionados à canção. Conta-se que até mesmo antes da sua publicação, ela já fazia vítimas, o segundo editor a receber os versos se suicidou.
Os relatos dizem que as pessoas que se mataram foram encontras com os versos da música rabiscados em um pedaço de papel nas mãos ou que foram encontradas as letras nos seus diários.

A legendás Szomorú vasárnap dedikált szövege bukkant fel egy ...

Versos Fúnebres

De qualquer forma, os seus versos são realmente deprimentes e melancólicos. É narrada sobre a perspectiva de quem perdeu o seu grande amor e está beira de cometer o seu próprio suicídio a fim de se encontrar com a amante.

segredos de um domingo sombrio
“O domingo é sombrio / As minhas horas sem sono / Queridas as inúmeras sombras com as quais convivo / Pequenas flores brancas não te acordarão / Não onde o treinador negro da dor te levou / Os anjos não pensam em te devolver jamais / Será que eles ficariam zangados se eu me juntasse a ti?”
“Domingo sombrio”
“O domingo é sombrio / Passados nas sombras / O meu coração e eu decidimos acabar com tudo / Daqui a pouco haverão flores e orações que dizem saber / Mas não os deixem chorar / Deixem saber o quão feliz estou por partir / A morte não é um sonho / Pois na morte eu te acaricio com o último suspiro da minha alma / Eu te abençoarei”

“Domingo sombrio”
“Sonhando / Eu estava apenas sonhando / Acordo e te encontro dormindo no fundo do meu coração / Querida, eu espero que o meu sonho nunca te persiga / O meu coração está te dizendo o quanto eu te quero”
“Domingo sombrio”
“Domingo sombrio”


Cenário Sombrio

Durante o período da depressão húngara, na década de 1930, o aspecto sombrio da música ia de encontro ao sentimento húngaro do país, que passava por uma grande depressão.
A canção que causou o suicídio de mais de 100 pessoas | Acredite ...
Assim como a situação do mundo, período entre guerras e pós o colapso da queda da bolsa de valores (1929). Tal cenário pode explicar o sucesso da música e, principalmente, as histórias sombrias à ela relacionadas.


A canção do suicídio foi banida das rádios

A canção chegou a ser proibida na Hungria, o que teve resultado contrário, pois fez o interesse pela música se multiplicar.
Em 1941, foi quando a canção do suicídio realmente alcançou um sucesso estrondoso, ela foi regravada em inglês por Billie Holiday e recebeu o título de Gloomy Sunday.
BILLIE HOLIDAY AND THE GLOOMY SUNDAY CURSE — American Hauntings
A negatividade também se repetiu, tanto que no início dos anos 40, alguns lugares nos EUA se recusaram a reproduzir os versos da canção porque elas estavam perturbando os cidadãos.

Inspiração para a música sombria


A lenda conta que a inspiração para os versos foi o término do relacionamento de Seress com uma amante. Já outras versões dizem que ele fez uma descrição do período de guerras e previu uma destruição do mundo.

É importante salientar que Seress era comunista e era pessimista em relação ao sistema vigente, então ele teria colocado os seus desapontamentos e tristezas na letra. Há ainda quem diga que a inspiração foi a namorada suicida do seu amigo László Jávor, que foi quem fez os arranjos da canção.
Conheça a história de Gloomy Sunday, a música mais triste do mundo ...

O próprio compositor se suicidou


Após a música alcançar o sucesso, segundo contam, Seress se reconciliou com a amante, entretanto, logo depois, ela foi encontrada envenenada e com um bilhete nas mãos, na qual continha a letra de Domingo Sombrio.
O próprio compositor da canção do suicídio se matou. Na primeira tentativa, em 1968, Seress se jogou de uma janela, entretanto sobreviveu. Então, mais tarde, ele se matou com uma corda no hospital.
Seress se tornou mais depressivo após o sucesso da música, ele viveu pobre e leal ao partido comunista e recusou-se a receber os royalties da música nos Estados Unidos.
A canção que causou o suicídio de mais de 100 pessoas | Acredite ...

Domingo Sombrio continua famosa após 80 anos

Quase cem anos se passaram, e Domingo Sombrio já foi gravada cerca de 79 vezes por diversos artistas, incluindo Lou RawlsRay CharlesElvis CostelloSarah McLachlan e Björk.
Contudo, muitas das versões foram adaptadas sugerindo que o suicídio era apenas um sonho. A canção também inspirou o filme alemão “Domingo Sombrio – uma música de amor e morte”, em 1999.
A canção que causou o suicídio de mais de 100 pessoas | Acredite ...



terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Barbora Skrlová: A verdadeira história de A Órfã

Barbora Skrlová: A verdadeira história de A Órfã

Se você é fã de filmes de horror, certamente já assistiu A Órfã, lançado em 2009. O filme conta a história de Esther, uma menina de 9 anos que é adotada por um jovem casal, após a morte de um de seus filhos. O que eles não sabiam é que a inocente menina trazia consigo um histórico um tanto quanto sombrio.

Em relação à história real, o filme apresenta apenas a garota como elemento comum.

Klara e Katerina Maureova eram irmãs que fantasiavam grandiosidades acerca do futuro, porém apresentavam distúrbios de temperamento desde muito jovens. Klara, a irmã mais velha frequentou a universidade e casou-se com um homem e tiveram dois filhos, Ondrej e Jakub. Com o passar do tempo, a personalidade doentia de Klara trouxe a separação ao casal e a moça, sentindo-se sozinha, convidou a irmã mais nova para morar na casa. Tudo corria bem até que Barbora Skrlová, 33 anos apareceu na vida de Katerina. A jovem, devido a uma rara doença glandular, aparentava ser uma menina de doze anos, fato que a fazia se aproveitar disso, passando-se por menor de idade, conseguindo escapar de delitos que cometia. Anteriormente, Barbora chegou a ser adotada por um casal, como se fosse uma pré-adolescente (daí surgiu a ideia do filme).

Barbora Skrlová 

Barbora Skrlová: A verdadeira história de A Órfã

Com a vinda de Barbora para a casa, Klara e Katerina passaram a exacerbar suas personalidades já incomuns desde crianças. Através da amiga, as irmãs se converteram ao “Movimento Graal”, culto que pregava que o homem chegará ao paraíso se fizer coisas boas na Terra. Em contrapartida, os seguidores da seita eram livres de alguns tabus sociais, como o homicídio, a antropofagia (ato de comer partes humanas) e também o incesto, assim como apoiava maus tratos infantis, escravidão e também a promiscuidade sexual. A suposta “religião” foi criada por Oskar Ernst Bernhardt, alemão, entre 1923 e 1938, apelidado de “O Doutor”.

Devido à influência de Barbora, Klara raspou as sobrancelhas e o cabelo, já não tomava banho e vestia-se com roupas velhas, Katerina era quem apoiava essas atitudes. Barbora tinha dupla personalidade, hora comportava-se como mulher adulta, hora como criança, dizendo sentir ciúme da atenção que Klara, que apesar de ser cheia de distúrbios, dava aos meninos. Aos poucos, a “menina” iniciava uma espécie de disputa entre as crianças e a mãe: acusava-os de mal comportamento sempre que podia.

Klara, Barbora e os meninos

Barbora Skrlová: A verdadeira história de A Órfã

Os garotos passaram a ser constantemente castigados, mas Barbora, não se dando por satisfeita, investia cada vez mais nas acusações, até que Klara, desesperada, lhe perguntou o que poderia fazer para controlar a situação. Foi aí que Barbora sugeriu prender as crianças em uma jaula de ferro. Encomendaram a tal jaula e a instalaram no sótão de casa, estavam aliviadas, pois poderiam fazer com que os meninos parassem de cometer travessuras e ainda poderiam alimentá-los através das barras.

Em 2007, os meninos foram presos sem suas roupas. A partir de então, passaram a sofrer inúmeras torturas, como ter cigarros apagados em suas pernas e braços, eram espancados, afogados, açoitados  e recebiam choques elétricos e abuso sexual. Dormiam no chão, nus e sem cobertores, juntamente com seus excrementos, às vezes eram alimentados e tomavam banho com água fria, que era jogada uma vez por semana. Quando as irmãs recebiam visitas, amordaçavam e amarravam as crianças. Se chorassem, eram golpeados.

Barbora insistiu que começassem a alimentá-los demasiadamente, até que ganhassem peso e em um dado momento, Klara foi até a jaula munida de uma faca, e ordenou a Ondrej que estendesse a perna, Katerina e Barbora a seguraram e a outra cortava alguns pedaços do menino, que gritava de dor, enquanto Jakub gritava aterrorizado. Após, comeram os pedaços na frente deles, sem arrependimentos. Um mês após o acontecido com Ondrej, Jakub teve pedaços de seus braços cortados e devorados pelas três. E a cada mês, uma nova sessão de canibalismo acontecia: as mulheres iam até o sótão e comiam pedaços dos pequenos.

Para ter mais controle sobre as crianças, Barbora teve a ideia de instalar uma câmera para vigiar bebês, para que pudessem observar o que os meninos faziam enquanto sozinhos ou para assistir quando eram torturados por uma delas.

Até que uma espécie de milagre aconteceu. Um casal se mudou para a vizinhança e adquiriu uma câmera para vigiar seu filho pequeno. Ao ligar o aparelho, se deparou com duas crianças sendo torturadas por três mulheres. Dias se passaram até que o homem descobriu que o sinal poderia estar sendo interceptado da casa de suas vizinhas.

Barbora Skrlová: A verdadeira história de A Órfã

O vizinho gravou as imagens do que viu e denunciou à polícia local. Em 10 de maio de 2007, Klara teve sua casa invadida por policiais, que quebraram os cadeados e encontraram uma cena digna de filme de terror. O chão coberto de sangue, urina e fezes, um dos meninos estava desmaiado e o outro, em choque.

Os dois apresentavam feridas fétidas e alguns locais sangrando. Em frente à jaula, estava uma menina, segurando um ursinho de pelúcia. Era a filha adotiva de Klara. As irmãs foram presas e os meninos foram levados sob proteção juntamente com sua irmã Annika, de 13 anos. As crianças foram imediatamente hospitalizadas e uma delas veio a falecer, pois não resistiu aos maus tratos e a outra, declarou em juízo tudo que sofreram presos no sótão durante um ano. As duas mulheres acusaram Barbora, porém quando a ordem de prisão contra a mulher fora emitida, a polícia não a localizou.

Barbora Skrlová: A verdadeira história de A Órfã

Annika desapareceu e mais tarde descobriu-se que estava vivendo na Noruega.
Annika fora adotada por um casal porém, com o nome de Adam, um menino de 13 anos que frequentava a escola primária.

Um ano se passou, até descobriam que Annika, Adam e Barbora eram a mesma pessoa. Os pais adotivos de “Adam” não entendiam como uma criança de apenas 13 anos era acusada de ser um criminoso e ao saberem que se tratava de uma mulher de 36 anos, ficaram em estado de choque. Barbora foi extraditada para a República Checa e após, julgada com Klara e Katerina.

Barbora Skrlová: A verdadeira história de A Órfã

Klara disse em juízo: 


“Ocorreram coisas terríveis e só agora me dou conta disso. Não consigo entender como deixei que acontecessem”. 

As duas acusaram Barbora de ter feito uma “lavagem cerebral” e que não conseguiam se dar conta das maldades que estavam fazendo.

Em 2009, o Tribunal Superior de Olomouc condenou Klara Mauerova a 9 anos de cárcere e 10 anos para sua irmã Katerina Mauerova e a respeito do que foi decidido acerca da condenação de Barbora não existem informações exatas até hoje.

Barbora Skrlová: A verdadeira história de A Órfã

Adaptado de Lua de Sangue



Contos Paranormal

Esses relatos assustadores foram enviados por nossos amigos Que presenciaram fatos paranormal algo que a ciência não consegue explicar. Todo apaixonado por contos ou histórias de horror irá gostar . Pois todos os relatos foram enviado por pessoas reais que viveram ou ouviram histórias arrepiantes. Que será retratado em legendas nos videos onde você poderá ter uma ótima leitura e deixar sua mente voar nesse clima de arrepios . Vamos embarcar nessa aventura paranormal.
ADQUIRA JÁ: https://go.hotmart.com/F7674604G




Contos de Terror - Volume 01

Vários contos de terror exclusivos, para você tremer de medo, com este primeiro volume. Número de páginas: 112
Promoção: de R$ 19,90 por apenas R$ 5,00

Aproveite, promoção por tempo limitado.

ADQUIRA JÁ: https://go.hotmart.com/G7674695Y





The Exorcist


The Exorcist, de William Friedkin, em ilustração vetorial minimalista, criada por mim, Carlos (Dudu) Ramírez. São 'frames' memoráveis do cinema, em estilo moderno, clean e arrojado, para os amantes dos filmes clássicos, e que desejam estampar nos espaços de sua casa, quarto ou escritório suas paixões cinematográficas. Arte digital em alta resolução com 50 cm (largura) X 50 cm (altura) para você imprimir e produzir um lindo quadro para seu ambiente, deixando-o bem mais bacana! Obs: A arte será enviada em PDF/X-1a:2001 (dentro de um arquivo .ZIP), já no formato próprio para impressão (com marcas de corte e registro). Basta você escolher sua gráfica predileta e imprimi-la. Recomendo a gráfica digital Printi (www.printi.com.br), tanto pelo preço, quanto pela qualidade e rapidez. Em qualquer gráfica, também é possível imprimir em qualquer tamanho até o limite das dimensões informadas, com suas proporções mantidas.

ADQUIRA JÁ: https://go.hotmart.com/R7674737Y

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

O Cordel de Sangue - Aislan Colter

Boa tarde, fazia tempo que eu não dava uma dica Literária aqui no blog, mas hoje vamos mudar isso. E pra voltar com tudo, vou apresentar hoje uma maravilhosa obra do brilhante escritor Aislan Colter

Mas quem e ele??? Calma, irei apresenta -lo.


Aislan Coulter é um escritor brasileiro de horror e suspense. Nasceu no dia 24 de junho de 1980, na cidade de Rancharia-SP. O primeiro contato com a literatura foi na infância, a estante de livros do avô - Francis Leslie Coulter, um britânico veterano da Primeira Guerra Mundial, ávido leitor de ficção científica e mistério. Descobriu o universo do Storytelling e do cinema através de sua tia Shirlei Coulter, sua companheira de sessões de matinê. 

Conheceu a primeira sala fria e repleta de estantes aos dez anos; sua mãe trabalhava em uma biblioteca. Mais tarde seu pai apresentou o mundo dos quadrinhos. 

Ganhou seu primeiro prêmio de escrita aos 11 anos e nunca mais parou de escrever. Estudou Produção Textual, Letras e Pedagogia. Participou de várias antologias de terror e ficção.

É autor do livro O Cordel de Sangue.

Vive com a esposa e o filho no interior de São Paulo, nas horas vagas é guitarrista de uma banda de rock ‘n roll.

Apresentações  feitas, vamos para a melhor parte, uma antologia de contos no Sertão dos cangaceiros é  a razão que me traz a esse post, tive conhecimento dessa obra, e será a próxima da minha lista, prometo que em breve trarei uma resenha contando a experiência que tive lendo " O Cordel de Sangue", chega de enrolação e vamos ao que interessa.


O Cordel de Sangue é uma antologia de contos no Sertão dos cangaceiros. As narrativas seguem a partir da morte de Lampião e seu bando. As onze histórias trazem o melhor do horror gore.

São tripas caindo pra fora, crânios estourando - feito laranjas lançadas contra um muro -, vísceras sendo pisoteadas por lobisomens, vampiros abocanhando pescoços, pactos em encruzilhadas, seres do folclore brasileiro, prostíbulos cheios de doenças, estupradores de cadáveres.



Como presente para meus queridos leitores, deixarem um trecho desta brilhante narrativa.


O CORDEL DE SANGUE

Emboscada


É pura verdade - e tão somente verdade - que um homem decapitado pode enxergar por alguns segundos e, com muita sorte, alcançar a misericórdia. Mas é preciso sorte, muita sorte mesmo. 

Com o maxilar pendendo e o sangue banhando o braço do carrasco, sobra, normalmente, pouco tempo para a redenção. Primeiro, pelo fato de ser um bocado estranho - talvez seja a sensação mais estranha do mundo - olhar para uma plateia paralisada e ansiosa por sangue. Segundo, porque as palavras não saem; o queixo fica longe pra burro da parte superior da boca - a sensação de não ter o domínio da mandíbula é agonizante.

Os olhos disparam de uma orelha à outra e voltam para o centro da face na tentativa de reconhecer alguém na, agora, desvairada multidão - o povaréu vai à loucura nos últimos instantes. 

Para o decapitado, esses segundos - três segundos para ser exato - parecem minutos. O grande desperdício está na lógica: pavor + falsa sensação de tempo = morte. Os olhos se fecham. Nada de perdão. Nada de paraíso. 

É tudo muito rápido. Em um roteiro improvisado, e ao mesmo tempo previsto, o carrasco estende o braço, exibindo a cabeça ensanguentada e sem cor. Os olhos percorrem de uma orelha a outra. O povaréu se cala. O queixo fica pesado, o tecido estica, parece que vai tocar o chão. O carrasco, dotado de um poder momentâneo, estufa o peito e sacode a cabeça. O sangue escorre pelos braços, empossando em seu peito para em seguida banhar o abdômen. A plateia grita eufórica. Sem o domínio da mandíbula, o decapitado tenta dizer alguma coisa. Os olhos, cambaleando, voltam para o centro e se fecham. 

É uma morte dos diabos. 

É desconfortável ouvir sobre esse tipo de execução. O cenário é sempre o mesmo: um dia cinzento. Parece que o clima adivinha tudo isso. Dia ensolarado. Aí alguém anuncia: 

- Morte na praça! 

O vento empurra as nuvens; o céu é uma imensa piscina de algodão. Elas começam a passear lentamente, trombando umas nas outras. Fica aquele dia triste, sem vida, com um crepúsculo sombrio. 

Outra coisa que me incomoda é o fato de o condenado sentir ânsia e não conseguir vomitar. Dá aquela porrada na parte superior do abdômen - o suco gástrico, o pancreático, a bile querem sair. Até parece que vão, mas não saem. 

Morte que também me deixa aporrinhado é a da corda. Oh, negócio traiçoeiro. Enforcamento é outro troço esquisito de se pensar. Morrer nessas condições... Deus me livre. Não existe morte mais cretina

O camarada pede perdão durante o trajeto. Reza. Revê seus conceitos. Perdoa os seus inimigos. Sobe no palanque quase santo. Continua a rezar. Recebe a corda totalmente santo. Aí começa a duvidar da amarra fina que prende suas mãos. Menospreza a talinga que açoitará o seu pescoço. 

"É só a merda de uma corda", pensa. 

Começa a se debater feito um frango quando na verdade poderia, simplesmente, encarar os fatos de uma maneira espiritual, morrer e receber a salvação. Mas não! Resolve ser o herói desatador de nós. Bate daqui, bate dali. O carrasco dá logo uma pancada na parte interna da coxa, esmagando o músculo. A corda desce, aí vem a situação mais estranha do mundo:

Erecção post mortem. 

Troço assombroso. E eu te pergunto: "Como alguém pode alcançar o paraíso de pau duro gozando em todo mundo?".

O cara morre e sente prazer. Toda aquela ladainha de perdão, de misericórdia, de paraíso vai pros ares. Ninguém entra no céu desse jeito. Ora, bolas, vai saber em que o miserável pensou no último instante, ou melhor, em que foi levado a pensar. Isso tudo é uma tremenda armadilha do destino, um tiro livre no abismo.

A melhor das piores mortes é a crucificação. E é a melhor pelo simples fato de ali, pendurado naquele madeiro farpado, você ter a oportunidade de alcançar o paraíso. 

A crucificação nos dá uma sensação concreta de abandono. Ela não deixa dúvidas de que você jamais colocará seus pés no chão novamente. E você encara a vida de outra forma. 

Lá em cima, com o sol ofuscando a visão e tosquiando a face, você começa a refletir. Você pensa em como a sua existência foi medíocre, como a sua vida foi uma merda sem sentido e sem propósito; como você foi tolo e hipócrita. 

Você, então, fica atormentado. Uma sensação de desamparo invade o seu corpo. Um abatimento moral começa a te enlouquecer. Você sente vergonha de tudo o que foi e é. Um medo incontrolável assola a sua alma. Uma sucessão de calafrios percorre o seu corpo. A artéria incha, os pulmões trabalham rapidamente, a boca seca. As batidas do coração sacodem os tímpanos. Aliado a todas essas sensações, você tem uma hematidrose - começa a suar sangue. 

Diante de todo o tormento e vergonha, a única coisa que você quer é acreditar que existe um lugar onde as pessoas se vestem de branco, limpinhas à beça, e ficam sem fazer nada, apenas gozando de coisas boas. Nesse lugar, as pessoas ficam ouvindo os pífaros, as cornetinhas douradas dos belos e assexuados alados de cabelinhos cacheados. Você acredita nisso mais do que tudo. 

A parte ruim, e constrangedora, da crucificação é aparecer nu diante de todos. As pessoas vão para perto da cruz e ficam ali, bem embaixo dela. Elas fazem piadinhas sobre seus murchos colhões. Dá uma vergonha danada. Mas, ainda assim, pensando no lance do arrependimento, é a melhor morte. Dói pra burro quando seus órgãos começam a paralisar, isso é verdade, mas dá tempo de pelo menos garantir um lugarzinho celestial e bacana. 

Muitas pessoas morreram nessas condições - gente importante; outras nem tão importantes assim. Algumas se tornaram famosas pelo tipo de morte, outras pelas últimas palavras. O mais engraçado é que nesse tipo de história sempre houve um traidor. Corrompido por moedas, para o cumprimento de uma profecia ou pelo amor de uma mulher. Feito verme se locomovendo em um intestino, como uma erva daninha em meio às hortaliças. Ele estava lá! 

O traidor é uma espécie de covarde corajoso: para esse tipo de covardia é preciso de muita coragem; para esse tipo de coragem é preciso de muita covardia. 

Aqui não foi diferente. Aquele camarada magro segurando o chapéu, vê? Ali, bem ali! Ao lado do policial que está limpando a metralhadora. Isso! Esse cabra, aí! Ele é o nosso homem. 

- Cadê Virgulinu? - o coronel diz. - Queru eli vivu, vivim da sirva. 

- Coroné! - o guarda diz. - U hômi tá mortu! 

O coronel se aproxima do corpo. 

- Maldição - ele diz em meio a um suspiro. 

- Lampião quiria morrê di morti matada, não - o outro guarda diz. - Eli rezava pá morrê di morti morrida. Mi alembro dais palavras deli naquela peleja: "Si fô pá morrê de morti matada, queru morrê a bala não, sinhô. Queru morrê igual a nossu salvadô, hômi santo, Jesuis Cristu. I incontra minha mâinha qui tá cum Nossa Sinhora e nossu Padim Ciço".

- Coroné! - o guarda diz. 

- U qui é hômi? Disimbuxa, pari de enrolação.

- O sinhô falô qui tinha 11 cabra aqui. 

- Disso eu sei, diacho... 

- Intônce... Mai aqui só tem déiz, num sabi? 

O coronel está pensativo. 

- Bora cortá as cabeça dessis cabra que essa chuva tá mi dexano um bocadu aporrinhado, num sabi? - o coronel olha para o traidor. - Onze! Corta a dessi cabra da peste tumbém.

O cangaceiro recebe um golpe na testa, o policial ao seu lado agiu rápido

Ele está estrebuchando.

Agora vem o corte. 

Blufsssblashshs cróóóquis splush! 

O premeditado e improvisado roteiro... 

Os olhos disparam. 

São apenas três segundos: 

Um... 

Dois... 

Três... 

O problema é agora, quando os olhos se fecham.

---

O Cordel de Sangue, escrito por: AISLAN COULTER
Redes Sociais: Facebook
Twitter


Editor - Executivo


sábado, 19 de novembro de 2016

Caçadora do medo: A nova série do blog Readiscreepy

O readiscreepy está com uma nova série: Caçadora do medo e vamos passar a posta-la aqui para vocês. 

Bom, eu sou a Nathália, mas meus amigos de chamam de Nath ou Folga em Pessoa. Por aqui podem me chamar de Sayaka, que me japonês significa "Clara e Brilhante" rs. Eu sou uma nova postadora aqui, espero que gostem de mim....

Adoro creepypasta e sou uma leitora do blog. Quando o Rookurou disse que precisavam de alguém na equipe, me inscrevi e voilá! Cá estou eu....

Não sou muito fã de ficar copiando creepys nem nada, então todas as creepys que eu vou postar são todas escritas por mim.

Vou começar com uma nova creepy, se chama "Caçadora do Medo". É sobre uma mulher, Hallie Sanders, uma das maiores antropólogas do século XXI. Quando ela vai á uma expedição ao deserto do Saara tem sua vida transformada em todos os sentidos, dos mais felizes... aos mais sinistros.

Preparados? Vamos lá.


domingo, 9 de outubro de 2016

Dark Dica: ARQUIVOS SERIAL KILLERS – ILANA CASOY – LOUCO OU CRUEL?


capa_serial-killer_Louco-ou-cruel


ARQUIVOS SERIAL KILLERS – ILANA CASOY – LOUCO OU CRUEL?


DarkSide® Books reabre os arquivos da maior especialista em serial killers do Brasil e publica a edição definitiva de dois best-sellers de Ilana Casoy – Serial Killers: Louco ou Cruel? e Serial Killers: Made in Brazil
Tudo para atender aos nossos exigentes leitores e para deixar a edição à altura da nossa primeira autora nacional. Ilana Casoy é autoridade no que diz respeito a mentes criminosas e resolução de crimes no Brasil. Para escrever seu primeiro livro, a escritora mergulhou em arquivos da polícia e da Justiça, do FBI e da Scotland Yard, além de ter feito extensas pesquisas em livros e artigos de jornais e revistas para compor um inquietante roteiro de como, por que razão e com que métodos os serial killers agem. Perturbador e por muitas vezes comovente, o relato de Casoy, escrito depois de rigorosa pesquisa em diversas fontes, nos apresenta histórias que nem a ficção e o cinema conseguiram imaginar.
Louco ou Cruel?, livro de Ilana Casoy

A primeira parte de Louco ou Cruel? aborda os serial killers sob diversos aspectos e à luz da Criminologia, do Direito, da Psiquiatria e da Psicologia, e dedica-se a dissecar este universo, analisando como tudo começa, quem são as vítimas, os aspectos gerais e psicológicos, os mitos e as crenças, o perfil do criminoso, a psicologia investigativa, a análise do local do crime e a encenação/organização da cena. Na segunda parte do livro, Casoy apresenta em detalhes 16 casos de serial killers que chocaram e marcaram o século XX, entre eles Albert Fish, Ed Gein, Ted Bundy, Andrei Chikatilo, Jeffrey Dahmer, Aileen Wuornos e o Zodíaco, cuja identidade segue desconhecida até hoje. Histórias que habitam as entranhas da humanidade e o que ela tem de pior: frieza, perversidade e falta de sensibilidade que acabam por produzir o mal em escalas inimagináveis.
DarkSide Books Crime Scene


CONHEÇA OS PSICOPATAS:


box limited edition serial killers darkside books

PRODUTO EXCLUSIVO SUBMARINO 
BOX LIMITED EDITION
 - ARQUIVOS SERIAL KILLERS - ILANA CASOY

A nova edição chega em um box, com o cuidado quase psicopata já conhecido da editora. Além do box, que inclui os dois títulos, os livros serão vendidos separadamente. Tudo para atender aos nossos exigentes leitores e para deixar a edição à altura da nossa primeira autora nacional.

DarkSide Books Crime Scene
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...