Investigação Paranormal Brasil: Horror
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quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

O Cordel de Sangue - Aislan Colter

Boa tarde, fazia tempo que eu não dava uma dica Literária aqui no blog, mas hoje vamos mudar isso. E pra voltar com tudo, vou apresentar hoje uma maravilhosa obra do brilhante escritor Aislan Colter

Mas quem e ele??? Calma, irei apresenta -lo.


Aislan Coulter é um escritor brasileiro de horror e suspense. Nasceu no dia 24 de junho de 1980, na cidade de Rancharia-SP. O primeiro contato com a literatura foi na infância, a estante de livros do avô - Francis Leslie Coulter, um britânico veterano da Primeira Guerra Mundial, ávido leitor de ficção científica e mistério. Descobriu o universo do Storytelling e do cinema através de sua tia Shirlei Coulter, sua companheira de sessões de matinê. 

Conheceu a primeira sala fria e repleta de estantes aos dez anos; sua mãe trabalhava em uma biblioteca. Mais tarde seu pai apresentou o mundo dos quadrinhos. 

Ganhou seu primeiro prêmio de escrita aos 11 anos e nunca mais parou de escrever. Estudou Produção Textual, Letras e Pedagogia. Participou de várias antologias de terror e ficção.

É autor do livro O Cordel de Sangue.

Vive com a esposa e o filho no interior de São Paulo, nas horas vagas é guitarrista de uma banda de rock ‘n roll.

Apresentações  feitas, vamos para a melhor parte, uma antologia de contos no Sertão dos cangaceiros é  a razão que me traz a esse post, tive conhecimento dessa obra, e será a próxima da minha lista, prometo que em breve trarei uma resenha contando a experiência que tive lendo " O Cordel de Sangue", chega de enrolação e vamos ao que interessa.


O Cordel de Sangue é uma antologia de contos no Sertão dos cangaceiros. As narrativas seguem a partir da morte de Lampião e seu bando. As onze histórias trazem o melhor do horror gore.

São tripas caindo pra fora, crânios estourando - feito laranjas lançadas contra um muro -, vísceras sendo pisoteadas por lobisomens, vampiros abocanhando pescoços, pactos em encruzilhadas, seres do folclore brasileiro, prostíbulos cheios de doenças, estupradores de cadáveres.



Como presente para meus queridos leitores, deixarem um trecho desta brilhante narrativa.


O CORDEL DE SANGUE

Emboscada


É pura verdade - e tão somente verdade - que um homem decapitado pode enxergar por alguns segundos e, com muita sorte, alcançar a misericórdia. Mas é preciso sorte, muita sorte mesmo. 

Com o maxilar pendendo e o sangue banhando o braço do carrasco, sobra, normalmente, pouco tempo para a redenção. Primeiro, pelo fato de ser um bocado estranho - talvez seja a sensação mais estranha do mundo - olhar para uma plateia paralisada e ansiosa por sangue. Segundo, porque as palavras não saem; o queixo fica longe pra burro da parte superior da boca - a sensação de não ter o domínio da mandíbula é agonizante.

Os olhos disparam de uma orelha à outra e voltam para o centro da face na tentativa de reconhecer alguém na, agora, desvairada multidão - o povaréu vai à loucura nos últimos instantes. 

Para o decapitado, esses segundos - três segundos para ser exato - parecem minutos. O grande desperdício está na lógica: pavor + falsa sensação de tempo = morte. Os olhos se fecham. Nada de perdão. Nada de paraíso. 

É tudo muito rápido. Em um roteiro improvisado, e ao mesmo tempo previsto, o carrasco estende o braço, exibindo a cabeça ensanguentada e sem cor. Os olhos percorrem de uma orelha a outra. O povaréu se cala. O queixo fica pesado, o tecido estica, parece que vai tocar o chão. O carrasco, dotado de um poder momentâneo, estufa o peito e sacode a cabeça. O sangue escorre pelos braços, empossando em seu peito para em seguida banhar o abdômen. A plateia grita eufórica. Sem o domínio da mandíbula, o decapitado tenta dizer alguma coisa. Os olhos, cambaleando, voltam para o centro e se fecham. 

É uma morte dos diabos. 

É desconfortável ouvir sobre esse tipo de execução. O cenário é sempre o mesmo: um dia cinzento. Parece que o clima adivinha tudo isso. Dia ensolarado. Aí alguém anuncia: 

- Morte na praça! 

O vento empurra as nuvens; o céu é uma imensa piscina de algodão. Elas começam a passear lentamente, trombando umas nas outras. Fica aquele dia triste, sem vida, com um crepúsculo sombrio. 

Outra coisa que me incomoda é o fato de o condenado sentir ânsia e não conseguir vomitar. Dá aquela porrada na parte superior do abdômen - o suco gástrico, o pancreático, a bile querem sair. Até parece que vão, mas não saem. 

Morte que também me deixa aporrinhado é a da corda. Oh, negócio traiçoeiro. Enforcamento é outro troço esquisito de se pensar. Morrer nessas condições... Deus me livre. Não existe morte mais cretina

O camarada pede perdão durante o trajeto. Reza. Revê seus conceitos. Perdoa os seus inimigos. Sobe no palanque quase santo. Continua a rezar. Recebe a corda totalmente santo. Aí começa a duvidar da amarra fina que prende suas mãos. Menospreza a talinga que açoitará o seu pescoço. 

"É só a merda de uma corda", pensa. 

Começa a se debater feito um frango quando na verdade poderia, simplesmente, encarar os fatos de uma maneira espiritual, morrer e receber a salvação. Mas não! Resolve ser o herói desatador de nós. Bate daqui, bate dali. O carrasco dá logo uma pancada na parte interna da coxa, esmagando o músculo. A corda desce, aí vem a situação mais estranha do mundo:

Erecção post mortem. 

Troço assombroso. E eu te pergunto: "Como alguém pode alcançar o paraíso de pau duro gozando em todo mundo?".

O cara morre e sente prazer. Toda aquela ladainha de perdão, de misericórdia, de paraíso vai pros ares. Ninguém entra no céu desse jeito. Ora, bolas, vai saber em que o miserável pensou no último instante, ou melhor, em que foi levado a pensar. Isso tudo é uma tremenda armadilha do destino, um tiro livre no abismo.

A melhor das piores mortes é a crucificação. E é a melhor pelo simples fato de ali, pendurado naquele madeiro farpado, você ter a oportunidade de alcançar o paraíso. 

A crucificação nos dá uma sensação concreta de abandono. Ela não deixa dúvidas de que você jamais colocará seus pés no chão novamente. E você encara a vida de outra forma. 

Lá em cima, com o sol ofuscando a visão e tosquiando a face, você começa a refletir. Você pensa em como a sua existência foi medíocre, como a sua vida foi uma merda sem sentido e sem propósito; como você foi tolo e hipócrita. 

Você, então, fica atormentado. Uma sensação de desamparo invade o seu corpo. Um abatimento moral começa a te enlouquecer. Você sente vergonha de tudo o que foi e é. Um medo incontrolável assola a sua alma. Uma sucessão de calafrios percorre o seu corpo. A artéria incha, os pulmões trabalham rapidamente, a boca seca. As batidas do coração sacodem os tímpanos. Aliado a todas essas sensações, você tem uma hematidrose - começa a suar sangue. 

Diante de todo o tormento e vergonha, a única coisa que você quer é acreditar que existe um lugar onde as pessoas se vestem de branco, limpinhas à beça, e ficam sem fazer nada, apenas gozando de coisas boas. Nesse lugar, as pessoas ficam ouvindo os pífaros, as cornetinhas douradas dos belos e assexuados alados de cabelinhos cacheados. Você acredita nisso mais do que tudo. 

A parte ruim, e constrangedora, da crucificação é aparecer nu diante de todos. As pessoas vão para perto da cruz e ficam ali, bem embaixo dela. Elas fazem piadinhas sobre seus murchos colhões. Dá uma vergonha danada. Mas, ainda assim, pensando no lance do arrependimento, é a melhor morte. Dói pra burro quando seus órgãos começam a paralisar, isso é verdade, mas dá tempo de pelo menos garantir um lugarzinho celestial e bacana. 

Muitas pessoas morreram nessas condições - gente importante; outras nem tão importantes assim. Algumas se tornaram famosas pelo tipo de morte, outras pelas últimas palavras. O mais engraçado é que nesse tipo de história sempre houve um traidor. Corrompido por moedas, para o cumprimento de uma profecia ou pelo amor de uma mulher. Feito verme se locomovendo em um intestino, como uma erva daninha em meio às hortaliças. Ele estava lá! 

O traidor é uma espécie de covarde corajoso: para esse tipo de covardia é preciso de muita coragem; para esse tipo de coragem é preciso de muita covardia. 

Aqui não foi diferente. Aquele camarada magro segurando o chapéu, vê? Ali, bem ali! Ao lado do policial que está limpando a metralhadora. Isso! Esse cabra, aí! Ele é o nosso homem. 

- Cadê Virgulinu? - o coronel diz. - Queru eli vivu, vivim da sirva. 

- Coroné! - o guarda diz. - U hômi tá mortu! 

O coronel se aproxima do corpo. 

- Maldição - ele diz em meio a um suspiro. 

- Lampião quiria morrê di morti matada, não - o outro guarda diz. - Eli rezava pá morrê di morti morrida. Mi alembro dais palavras deli naquela peleja: "Si fô pá morrê de morti matada, queru morrê a bala não, sinhô. Queru morrê igual a nossu salvadô, hômi santo, Jesuis Cristu. I incontra minha mâinha qui tá cum Nossa Sinhora e nossu Padim Ciço".

- Coroné! - o guarda diz. 

- U qui é hômi? Disimbuxa, pari de enrolação.

- O sinhô falô qui tinha 11 cabra aqui. 

- Disso eu sei, diacho... 

- Intônce... Mai aqui só tem déiz, num sabi? 

O coronel está pensativo. 

- Bora cortá as cabeça dessis cabra que essa chuva tá mi dexano um bocadu aporrinhado, num sabi? - o coronel olha para o traidor. - Onze! Corta a dessi cabra da peste tumbém.

O cangaceiro recebe um golpe na testa, o policial ao seu lado agiu rápido

Ele está estrebuchando.

Agora vem o corte. 

Blufsssblashshs cróóóquis splush! 

O premeditado e improvisado roteiro... 

Os olhos disparam. 

São apenas três segundos: 

Um... 

Dois... 

Três... 

O problema é agora, quando os olhos se fecham.

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O Cordel de Sangue, escrito por: AISLAN COULTER
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Editor - Executivo


quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Darkside Books: Mais uma super obra da caveirinha " AMITYVILLE"


Amityville de Jay Anson 
       Lar, doce lar, do horror



Para mim, o que existiu nesta casa, foi com certeza de natureza negativa. Não teve nenhuma relação com alguém que em outras vidas caminhou na terra em forma humana. É algo que surgiu das entranhas da terra.”
— LORRAINE WARREN —

Amityville - Jay Anson na DarkSide Books

Depois de passar algumas décadas fechada, a propriedade no número 112 da Ocean Avenue no subúrbio de Nova York finalmente abre as portas para os leitores da DarkSide® Books. Cercada pela natureza, com janelas amplas e uma sacada espaçosa, ela poderia ser uma casa de bairro tranquila como todas as outras, não fosse seu passado devastador e sangrento.


Amityville - Jay Anson na DarkSide Books



A CASA ESTÁ ABERTA:


No sugestivo dia 13 de novembro de 1974, a polícia do condado de Suffolk foi surpreendida por um crime brutal que chocou os EUA e se tornou assunto em todo o mundo envolvendo a pacata família Defeo. Alguns dias depois, Ronald Defeo Jr. admitiu ter matado seus pais e quatro irmãos com tiros nas costas, alegando ter sido influenciado por vozes que ouvia dentro de sua cabeça. O crime chocou a população, que começou a tecer teorias; algumas pessoas estranhavam o fato de que todas as vítimas foram encontradas de bruços, outras questionavam como nenhuma delas acordou com os barulhos dos tiros. Não demorou muito para a casa ser considerada mal-assombrada, virando inclusive objeto de estudo dos investigadores paranormais Ed e Lorraine Warren.
Treze meses depois da chacina, George e Kathleen Lutz resolveram recomeçar a vida em uma nova residência que compraram por uma pechincha. Vinte e oito dias depois, os cinco membros da família fugiram aterrorizados, deixando a maior parte de seus pertences para trás. Estranhos eventos começaram a acontecer, afetando a vida dos Lutz e indicando que uma presença maligna habitava a casa. Embora tenha sido amplamente divulgada pela mídia, em especial nos jornais e nas revistas da época, muitas vezes de maneira sensacionalista, a história da casa nunca havia sido contada com riqueza de detalhes — até Jay Anson decidir reconstruí-la e transformar seu livro de não-ficção em um dos relatos paranormais mais importantes e conhecidos de todos os tempos.

                      Amityville - Jay Anson na DarkSide Books

Baseado nas experiências sobrenaturais reportadas pelos Lutz durante o mês de dezembro de 1975, AMITYVILLE é um dos livros mais aguardados pelos leitores da Caveirinha. Por isso mesmo, muito mais do que dar apenas aquela demão de tinta, a DarkSide® Books vai fazer uma reforma completa na casa, apresentando a sombria construção em detalhes, do quarto secreto no porão às verdadeiras manchas nas portas e nas paredes escondidas pelas tintas do tempo — tudo exatamente como aconteceu, com todos as entidades e vozes que habitaram o sótão, o porão e demais cômodos da casa —, em uma edição assustadora e com o cuidado quase sobrenatural da editora mais dark do Brasil.
                            Amityville - Jay Anson na DarkSide Books
Adaptada várias vezes para o cinema e contando também com diversos spin-offs, a história de Amityville hoje é amplamente conhecida e é considerada um dos mais importantes relatos sobre casas mal-assombradas da cultura popular. No entanto, diversos detalhes da casa permanecem em segredo. Que presença maligna é essa que estava lá dentro? Só lendo AMITYVILLE para descobrir. As nossas portas estão abertas e vocês são nossos convidados de honra.
                          Amityville - Jay Anson na DarkSide Books

“Um livro fascinante e assustador.”
— LOS ANGELES TIMES —
“Este livro vai deixá-lo realmente apavorado.”
— KANSAS CITY TIMES —
“Uma história que me persegue até hoje.”
— JAMES WAN —





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